Folha de S. Paulo


PF mata quatro suspeitos durante embarque de cocaína em Santos

Uma ação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas no Porto de Santos (a 72 km de São Paulo) terminou com quatro traficantes mortos e outros três detidos nesta sexta-feira (18).

A PF descobriu, por meio de uma denúncia anônima, que cerca de 250 quilos de cocaína seriam embarcados em um navio atracado numa região próxima à Ponta da Praia.

Os policiais federais montaram campana no local e interceptaram a lancha com a droga escondida em oito mochilas por volta das 4h40 se aproximando do navio que estava atracado num terminal na margem direita do porto.

Os suspeitos foram abordados no momento em que faziam o içamento da droga para o interior da embarcação. Segundo a PF, foi dada voz de prisão ao grupo, que resistiu à abordagem e fugiu em direção ao canal da cidade, rumo ao bairro Vicente de Carvalho.

Na fuga, houve intensa troca de tiros entre os integrantes da quadrilha e os agentes do Departamento de Policiamento Marítimo da instituição. Uma equipe da Receita Federal também participou da ação com uma lancha blindada. Os quatro traficantes morreram durante o tiroteio. Nenhum policial federal foi atingido pelos disparos.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e resgatou os corpos dos suspeitos do mar, que foram encaminhados para perícia no IML (Instituto Médico Legal) da cidade.

Um pente-fino realizado no navio, onde a droga seguiria para a Europa escondida numa carga de sucos, também localizou dois fuzis, grande quantidade de munições e duas mochilas recheadas de droga.

Três filipinos flagrados dando apoio ao içamento da droga para o interior do navio foram detidos. Eles foram levados para a sede da Polícia Federal em Santos, onde vão prestar depoimento. A PF não informou se os suspeitos haviam constituído defesa até esta publicação.

Para a PF, o grupo estava infiltrado entre a tripulação da embarcação, que fará desembarques na Inglaterra e na Bélgica após deixar o Brasil. A PF busca agora identificar todos os envolvidos e saber por quanto tempo a organização criminosa atuou no Porto de Santos.

A Folha procurou a administração do porto que informou, por meio da assessoria, que não irá se manifestar sobre o caso.

A quadrilha vai responder na Justiça pelos crimes de associação criminosa, tráfico internacional de drogas, resistência à prisão e tentativa de homicídio.


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