O Ministério Público de São Paulo vai apurar o caso em que um policial militar é suspeito de ter matado um morador de Itapevi (Grande São Paulo) por uso de força excessiva durante uma abordagem.
O mecânico Eduardo Alves dos Santos morreu após a PM ter sido chamada para garantir a segurança de sua mulher, Fernanda Camargo, na retirada dos seus pertences da residência do casal.
| Reprodução/TV Globo | ||
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| Imagem de câmera de segurança mostra policial pegando o cassetete em carro da polícia |
Segundo nota do Ministério Público, a PM foi acionada na noite de 16 de janeiro por Fernanda. Os dois estavam em processo de separação e ela temia a reação de Santos, por isso solicitou proteção. Ainda de acordo com a nota, Santos tinha problemas com o consumo de álcool.
Os PMs Adriano Soares de Araújo e Rafael Francisco de Vasconcelos atenderam a ocorrência e, conforme depoimento de Fernanda, o segundo estava "agressivo e descontrolado". Foi ele quem, de acordo com a mulher, abordou o homem dentro de sua oficina. A nota do da Promotoria afirma que o policial teria segurado Santos pelo pescoço e que acabou rasgando parte da farda do PM.
Irritado, o policial teria então agredido Santos com chutes e socos, ido até o carro da corporação pegar o seu cassetete e continuado com as agressões. Santos foi levado a uma delegacia, onde começou a passar mal, sangrando pela boca e nariz. Ele chegou a ser atendido por uma ambulância, mas morreu.
A Secretaria da Segurança Pública SP informou que a Corregedoria da PM apura o caso e que os dois PMs foram afastados de suas atividades operacionais. Há um inquérito em andamento na delegacia de Itapevi, para o qual já foram ouvidas a mãe do mecânico e Fernanda –os dois PMs também deverão prestar depoimento.
Segundo a secretaria, a Corregedoria da Polícia Civil também acompanha a investigação e apura as condutas dos policiais.