Folha de S. Paulo


'Cavalos doidos', traficantes saíam em disparada pelas estradas, afirma PF

Em parceria com a polícia paraguaia, a Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (4) ao menos 27 pessoas suspeitas de participar de um grupo que atuava no tráfico internacional de drogas no Distrito Federal e em mais três Estados brasileiros. Segundo a polícia, os criminosos podem ter movimentado mais de R$ 1 bilhão.

A operação foi Batizada de Cavalo Doido, uma referência ao modo de transportar a droga. Segundo a PF, os carros utilizados tinham os bancos e os acessórios arrancados e todo o espaço era ocupado com grande quantidade de drogas, sem qualquer tipo de disfarce.

Carregado, os carros partiam em grande velocidade, sem paradas, e sem respeitar qualquer tipo de sinalização ou autoridades públicas. O objetivo era evitar perdas e chegar o mais rápido possível ao ponto onde o entorpecente seria vendido.

Foram cumpridos 81 mandados judiciais em Goiás e Mato Grosso do Sul. Desses mandados, 21 são de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 15 condução coercitiva (quando a pessoa é conduzida para prestar depoimento) e 34 de busca e apreensão. Mais de 200 policiais participaram da operação, que bloqueou 80 contas bancárias do grupo.

A PF informou que um suspeito de liderar a quadrilha foi preso em Anápolis (GO). De acordo com o órgão, as drogas eram produzidas no Paraguai e distribuídas para o Distrito Federal, Goiás, Pará e Mato Grosso do Sul. No Paraguai, segundo a PF, a polícia fez uma operação para destruir os plantios de droga nas fazendas de propriedades do grupo criminoso.

Os investigadores identificaram uma das rotas do grupo, que entrava pela região fronteiriça de Pedro Juan Cabalero, vinda da cidade paraguaia. No decorrer das investigações, foram apreendidas mais de dez toneladas da drogas, armas de grosso calibre e carros de luxo.

Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, tráfico internacional de armas, adulteração de arma de fogo e porte ilegal de armas. Somadas as penas podem ultrapassar 30 anos.


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