Folha de S. Paulo


Alberto Frederico Beuttenmüller (1935 - 2016)

Mortes: Amante da escrita, ele foi curador de duas bienais

Arquivo pessoal
Alberto Beuttenmuller
Alberto Frederico Beuttenmüller (1935 - 2016) com sua esposa

Alberto Beuttenmüller teve uma vida bastante agitada. Foi poeta, jornalista, professor, curador e crítico de arte. Escreveu 12 livros. Quase foi jogador de futebol.

Alberto nasceu em São Paulo, mas passou a infância em vários Estados brasileiros. A maior parte dela no Rio, em Vila Isabel. Seu pai era fiscal da Receita, o que requeria mudanças constantes.

Foi ainda criança, durante o período de migração, que começou a escrever. Poesia era seu gênero favorito. Outro hobby era o futebol. São-paulino doente, foi convidado para jogar pelo clube, mas recusou para poder estudar.

Era muito estudioso. Foi aprovado no vestibular de engenharia, mas largou o curso após alguns semestres.

Era uma profissão muito quadrada para Alberto. Para um amante da escrita sempre curioso e louco por novidades, a escolha era óbvia. Foi estudar jornalismo.

Após a faculdade, se tornou repórter do Jornal do Brasil, onde trabalhou por 17 anos. Na redação do JB, participou da cobertura mais inesquecível de sua vida: a da Copa do Mundo de 70, no México. Foi lá que descobriu a civilização maia, alvo de seu fascínio e tema de dois dos seus 12 livros de ficção.

Depois da viagem ao México, andava sempre com um pingente de Chac-mool, ídolo encontrado em templos, pendurado no pescoço.

Nos anos 70, começou a escrever para o caderno de cultura do JB. Foi curador de duas bienais, em 1977 e 1978.

Morreu aos 81 anos em consequência de problemas cardiorrespiratórios. Deixa a esposa Maria Virgínia, a Vick, cinco filhos e seis netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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