Passados quase quatro meses do desastre na barragem de Mariana (MG), o governo federal anunciará nesta quarta-feira (2) acordo com a empresa Samarco, controlada pela Vale e pela BHP, para reparação dos danos causados pela tragédia ambiental.
Pelo estabelecido pelo Palácio do Planalto, deverá ser feito aporte de R$ 4,4 bilhões pela mineradora nos próximos três anos, sendo R$ 2 bilhões já neste ano. A informação foi antecipada mês passado pela Folha.
A previsão inicial é de que, nos próximos 15 anos, a empresa deve desembolsar em média por ano R$ 1,2 bilhão, valor que pode ser elevado dependendo das propostas e iniciativas que forem aprovadas ao longo do período.
Por essa estimativa, o total pago até 2030 seria de cerca de R$ 18,8 bilhões, valor inferior aos R$ 20 bilhões previstos inicialmente pelo governo federal.
MEDIDAS
Além do aportes financeiros, o governo federal anunciará medidas de natureza ambiental e social, tanto reparatórias como compensatórias, que terão de ser realizadas pela mineradora, como a recuperação de rios e o reflorestamento de mata nativa.
Em curto prazo, a prioridade será em programas socioeconômicos, como a construção de moradias para famílias que ficaram desabrigadas por causa da tragédia.
A ideia de um acordo para recuperação ambiental foi proposta pelo governo federal e por Minas Gerais e Espírito Santo para evitar que a burocracia de ações judiciais trave as medidas que a Samarco deve cumprir para compensar a tragédia ocorrida em novembro.
O compromisso também é interessante para a mineradora porque permite que ela planeje a retomada das atividades, suspensas desde o rompimento.
| Avener Prado/Folhapress | ||
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