Em três décadas de envolvimento com o Carnaval, Luiz Pereira Pinho acumulou amigos, enredos e alegrias.
O carnavalesco, que era secretário da Uesp (União das Escolas de Samba Paulistanas), atuava na organização de cinco grupos do Carnaval paulistano, disputados por escolas e por blocos de rua.
Era conhecido como um entusiasta do Carnaval de todos —não apenas do Grupo Especial, que desfila no Sambódromo do Anhembi, mas também do Carnaval de rua, da periferia, da comunidade.
Em São Miguel, na zona leste de São Paulo, tinha forte atuação nos blocos.
Quem quisesse fundar uma escola de samba também procurava Luiz, que ajudava com a documentação e indicava especialistas. Sua história no Carnaval começou por meio do irmão, que era compositor da Nenê de Vila Matilde, tradicional escola da zona leste.
Foi um dos fundadores da TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras), uma das organizadas do time alviverde e que hoje também é escola de samba.
Luiz se dedicou ainda ao trabalho social, atuando na Fundação Obra Social Dom Bosco, de Itaquera.
Filho de dois cearenses que vieram tentar a vida em São Paulo, sonhava em ser jornalista quando criança.
Chegou a ser escolhido melhor aluno do ano na escola estadual MMDC, na Mooca, mas teve de interromper os estudos após a morte do pai.
Morreu no dia 30, a uma semana do Carnaval, aos 57 anos, vítima de um edema pulmonar. Deixa a mulher, Vera Lúcia, as filhas Mariana e Marilia, a mãe, dois irmãos e inúmeros foliões da periferia paulistana.
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VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTA TERÇA
Newton Cidade - Aos 97 anos. Combateu na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro.
Germaine Getlicherman Veltman - Aos 78 anos. Deixa os filhos Igor e Deborah, irmãos, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã (SP).
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1 ANO E SEIS MESES
Maria Pontes de Oliveira - Nesta quarta (10), às 19h, na igreja São José, r. Pedro Celestino, 1.446, centro, em Campo Grande (MS).