Folha de S. Paulo


Imagens de satélite mostram rastro de destruição causado pela lama em MG

Dois meses após um "tsunami" de lama destruir centenas de casas e deixar 16 mortos, imagens de satélite divulgadas pelo Google revelam novos detalhes do estrago causado pelo rompimento da barragem de Fundão (MG).

A sequência de fotos exibe o antes e depois de regiões atingidas pelo mar de lama e o impacto causado na área urbana e no rio Doce, por onde a lama escorre até chegar ao oceano, já no Estado do Espírito Santo . As imagens mostram locais onde havia casas e escolas hoje tomados apenas por lama, além de árvores que foram "varridas" de trechos à margem do rio Doce.

Antes e depois do desastre

A área de oceano manchada pela lama da mineradora Samarco diminuiu em quase 90% na última semana, após fortes chuvas na foz do rio Doce. A diferença foi encontrada em medições feitas por órgãos que monitoram o litoral do Espírito Santo entre terça (29) e o último domingo (3).

A explicação das entidades é que a chuva diluiu a lama de rejeitos minerais que escorreu após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a mais de 600 km de distância. O Estado, no entanto, ainda não sabe as consequências dessa mudança para a vida marinha e conduz estudos na região.

Três funcionários da Samarco, responsável pela barragem, continuam desaparecidos: Ailton Martins dos Santos, 55, Vando Maurílio dos Santos, 37, e Edmirson José Pessoa, 48.

Os cálculos foram feitos pelo Iema (Instituto de Meio Ambiente do ES), pelo Ibama e pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes), por meio de GPS e sobrevoos de helicóptero. No dia 29, a área de oceano coberta pelo material era de 168 km², mas no domingo caiu para 19 km².


Endereço da página:

Links no texto: