Folha de S. Paulo


Chuva fraca em SP prejudica trânsito e afeta linhas do Metrô

Uma frente fria vinda do Sul do país avança rapidamente sobre o Estado de São Paulo e provoca chuva fraca e moderada sobre a capital paulista na manhã desta quinta-feira (27), segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão ligado à prefeitura.

Apesar de moderada, a chuva causa transtornos aos motoristas e aos usuários das linhas 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás do Metrô de São Paulo, que operam com velocidade reduzida e maior intervalo de parada, por volta das 11h.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que a capital paulista tinha 170 km de lentidão, às 11h, –o que corresponde a 19,6% dos 868 km de vias monitoradas. O índice está acima da média histórica para o horário (9,8%). A pior região é a zona sul com 54 km de lentidão.

A marginal Tietê é a via com o maior índice de lentidão. Na pista expressa, o motorista encontra morosidade de 21,2 km, que se estende da ponte Aricanduva (zona leste) até a rodovia Castello Branco. Na pista central, há lentidão de 14,3 km da ponte do Tatuapé até a rodovia dos Bandeirantes.

Dos 6.280 semáforos em São Paulo, quase 70 apresentam problemas como manutenção ou falha de energia elétrica, segundo dados da CET.

TEMPO

Thomaz Garcia, meteorologista do CGE, explica que a frente fria desta quinta só avançou para São Paulo devido a queda de um bloqueio atmosférico que impedia a sua chegada e criava uma "bolha" de ar seco sobre a região.

"Uma massa de ar seco forte predominou nas últimas semanas formando um bloqueio atmosférico que impedia que as frentes frias avançassem para o Sudeste e trouxessem maior quantidade de umidade e chuva. Isso prejudicou muito a qualidade do ar, principalmente na primeira quinzena de agosto", disse Garcia.

Até o dia 26 agosto, segundo o CGE, a cidade de São Paulo acumulou em torno de 4 mm de água –a média para o mês é de 25,4 mm. "Historicamente, agosto é o mês mais seco em São Paulo e, mesmo com a chuva de hoje, não vai superar a média do mês", disse o meteorologista.

Garcia lembra ainda que São Paulo ficou sem chuva significativa por quase um mês. "A última chuva forte foi registrada no dia 24 de julho, quando a cidade entrou em estado de atenção e acumulou 12,2 mm. Choveu fraco no dia 25 de julho e, depois, tivemos apenas garoa no dia 20 de agosto, e chuva fraca e leve em partes da cidade no dia 24 (2,7 mm) e 25 (0,9 mm)."

De acordo com as estações meteorológicas do CGE, os termômetros registram, em média, 14°C na cidade nesta manhã, e a umidade do ar está acima dos 90%. O meteorologista disse que o tempo permanece instável e chuvoso nas próximas horas. Não há registro de pontos de alagamentos na cidade.

A temperatura máxima deve ficar em torno de 20°C no período da tarde, quando as chuvas devem perder força. Com isso, o céu deve permanecer encoberto à noite, com chuviscos e com sensação de frio, "potencializada pela ação dos ventos que sopram do quadrante sul".

PRÓXIMOS DIAS

Segundo os meteorologistas, o tempo começou fechado e com formação de névoa úmida nesta sexta (28), mas ao longo do dia o sol aparece entre nuvens. A temperatura mínima deve ficar em torno de 13°C e a máxima não deve superar os 23°C. No final do dia a nebulosidade volta a aumentar, porém, não há previsão de chuvas significativas para a capital paulista.

No sábado (29), o tempo começa com formação de nevoeiro e o sol deve aparecer ainda pela manhã, com predomínio ao longo do dia. Também não há previsão de chuva, e a temperatura mínima deve ficar em torno de 13°C e a máxima em torno de 27°C.


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