Folha de S. Paulo


Filho de Alckmin é enterrado sob comoção em Pindamonhangaba

O corpo do filho caçula do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o piloto Thomaz Rodrigues Alckmin, 31, foi enterrado às 19h03, no Cemitério Municipal de Pindamonhangaba (a 152 km de São Paulo).

Thomaz e mais quatro pessoas morreram na queda de um helicóptero em Carapicuíba, na região metropolitana da capital paulista, na tarde desta quinta-feira (2).

O sepultamento foi realizado sob comoção de familiares, amigos e moradores da cidade, onde o piloto e o pai nasceram.

O corpo foi enterrado após uma oração coletiva no jazigo da família, onde também foram sepultados os avós paternos e a babá do governador, Tereza Faria Santos.

Antes do sepultamento, o corpo de Thomaz foi velado por duas horas no Velório Municipal de Pindamonhangaba. No local, o arcebispo de Aparecida, dom Raimundo Damasceno, e o padre Antônio Maria fizeram preces e orações.

A imprensa foi impedida pelo governador de acompanhar a cerimônia.

Do Velório Municipal, o caixão de Thomaz foi levado a pé sobre uma maca funerária pelo governador, a primeira-dama, dona Lú, os irmãos Sophia e Geraldo Alckmin Neto, e pela viúva do piloto, Taís, até o cemitério.

Políticos do PSDB, secretários de Estado da gestão Alckmin, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador José Renato Nalini, e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), o primeiro político a chegar na cidade, foram algumas das autoridades presentes.

Centenas de moradores de Pindamonhangaba também acompanharam o sepultamento do corpo de Thomaz. Assim que o corpo foi enterrado, a família Alckmin deixou o cemitério sob aplausos.

Em São Paulo, o corpo de Thomaz foi velado desde a madrugada até as 14h desta sexta no hospital israelita Albert Einstein. A pedido da família, a cerimônia também foi restrita a amigos, parentes e autoridades.

A presidente Dilma Rousseff compareceu à cerimônia por volta das 12h45 junto com os ministros Joaquim Levy (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social).

ACIDENTE

Na tarde desta quinta, a aeronave caiu sobre uma residência dentro de um condomínio na estrada da Fazendinha, em uma área nobre de Carapicuíba.

O helicóptero estava registrado em nome da Seripatri Participações, do empresário José Seripieri Junior, também dono da empresa Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos.

Além de Thomaz, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, 53, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, 42, Erick Martinho, 36 e Leandro Souza, 34.

Carlos e Paulo eram funcionários da Seripatri, enquanto Erick e Leandro trabalhavam para a Helipark, empresa de manutenção de aeronaves. Segundo a Seripatri, o piloto tinha mais de 30 anos de experiência.

Thomaz trabalhava na rede de farmácias Farmaconde, de São José dos Campos. Ele era piloto do helicóptero da empresa, que estava em manutenção há cerca de vinte dias no mesmo local que o aparelho acidentado.

Acabou aceitando voar na aeronave da Seripatri, como convidado dos tripulantes e dos mecânicos.

Este helicóptero estava em fase de testes e revisão. Ele havia decolado de um heliponto em Carapicuíba e faria um voo experimental, retornando ao ponto de origem.

A aeronave é a de modelo EC 155 B1, fabricada pela Eurocopter France, prefixo PPLLS.

Uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa-4) foi enviada para investigar as causas da queda da aeronave.


Endereço da página:

Links no texto: