Folha de S. Paulo


Rio Grande do Norte vive 8º dia seguido de rebeliões em presídios

Detentos do presídio Rogério Coutinho, em Nísia Floresta (região metropolitana de Natal, RN), iniciaram na manhã desta quarta (18) o segundo motim em 24 horas.

Os rebelados amassaram portas das celas e tentaram retirar camas para destruir paredes, sem sucesso. A ação foi contida horas depois.

Foi o oitavo dia consecutivo de motins em unidades prisionais do Rio Grande do Norte. As rebeliões, que atingiram 13 presídios e um centro educacional, provocaram pânico em Natal.

O governador Robinson Faria (PSD) decretou situação de calamidade pública no sistema prisional, que está superlotado e com problemas de infraestrutura. São 7.700 presos para 4.667 vagas.

O Estado recebeu reforço de cerca de 200 homens da Força Nacional de Segurança.

O Batalhão de Choque da PM entrou nesta quarta no presídio Rogério Coutinho e também na vizinha Penitenciária Estadual Alcaçuz. As unidades estão totalmente destruídas, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Ainda na manhã desta quarta, houve um princípio de tumulto no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Potengi, em Natal. Presos começaram a bater nas grades pedindo transferência. A ação foi controlada.

Foi encerrada ainda a rebelião no CDP de Nova Cruz (interior do Estado), que havia sido dominado pelos presos desde a tarde de terça (17).

Na segunda (16), após ataques a ônibus e um carro da PM, o transporte coletivo deixou de funcionar. Na terça, escolas e faculdades suspenderam as aulas.


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