Folha de S. Paulo


Ventania em SP foi a quarta maior da história; Haddad compara a furacão

A ventania que atingiu a cidade de São Paulo durante no último domingo (28) foi a quarta maior já registrada desde 1951, quando começaram as medições. Os dados foram medidos pelo Icea (Instituto de Controle do Espaço Aéreo), da Força Aérea Brasileira, no aeroporto de Congonhas (zona sul).

Segundo dados do instituto, as rajadas de vento mais fortes chegaram a 96,3 km/h na região. A mais forte foi registrada no dia 12 de janeiro de 1998, quando a ventania chegou a 118,53 km/h no aeroporto.

No dia 21 de julho de 1979 foi registrada a segunda maior ventania da história, com rajadas de 111,12 km/h. A terceira maior marca ocorreu no dia 9 de setembro do ano anterior quando a Aeronáutica mediu ventos de 100,01 km/h no aeroporto de Congonhas.

Em entrevista ao telejornal "SPTV", da Rede Globo, o prefeito Fernando Haddad (PT) comparou a tempestade a um furacão. "O que aconteceu em São Paulo há dois dias foi algo muito próximo de um furacão", disse o prefeito.

Haddad disse que essa tinha sido a primeira vez que a cidade enfrentava uma situação de quase furacão. Ele ainda afirmou que a velocidade dos ventos em São Paulo chegou próxima à do furacão Katrina que destruiu Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005. Na época, os ventos chegaram a 233 km/h no bairro de Vieux Carré.

De acordo com o balanço divulgado pela Prefeitura de São Paulo, a capital registrou o maior número de quedas de árvores de sua história nas últimas 38 horas. Das 0h de segunda-feira (29) às 13h desta terça (30) foram apontadas 434 quedas de árvores na capital paulista, segundo balanço da coordenadoria das subprefeituras do município.

Até esta segunda, a maior quantidade de árvores caídas num único dia tinha sido 156, em fevereiro de 2013. Segundo a prefeitura, 400 são derrubadas por mês, em média, na estação chuvosa.


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