Folha de S. Paulo


Governador do Rio diz que polícia está 'perto de prender assassinos' de PMs

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), voltou a afirmar nesta segunda-feira (1º) que acompanha de perto as investigações dos assassinatos de policiais de (UPPs) Unidades de Policia Pacificadora e do cabo do Exército Michel Mikami, que fazia parte da tropa de pacificação da Maré, na zona norte carioca. Segundo Pezão, investigadores estão "prestes a prender os assassinos" dos militares.

"Já estamos perto de prender os assassinos. Quero que a sociedade saiba que, da minha parte, cada policial morto representa o aumento do efetivo de policiais nas ruas. Nada nos fará recuar", destacou o governador após a formatura de novos aspirantes a oficiais da PM, na Academia de Polícia Militar Dom João 6º, em Sulacap, zona oeste.

Na cerimônia, Pezão também se solidarizou, mais uma vez, com os familiares dos policiais. Ele disse ainda que a segurança pública continua sendo a prioridade do governo do Estado.

Depois da formatura, a cúpula da Segurança Pública se reuniu para discutir os recentes ataques aos militares. "Temos grandes operações para serem feitas, algumas precisam de contingentes do Exército, do apoio do governo federal. A presidente Dilma, o ministro José Eduardo Cardozo e as Forças Armadas vêm estudando com muito carinho o nosso pedido", disse o governador.

Durante discurso na formatura dos policiais, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que os ataques aos militares são para "desmoralizar" o trabalho da pasta. Após a formatura, o secretário se reuniu com o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, e com o comandante da Polícia Militar, coronel Ibis Silva. Ele afirmou que as duas polícias trabalham juntas para identificar os criminosos, mas evitou passar informações para não atrapalhar a investigação.

"Foi uma reunião estratégica com informações de inteligência de algumas áreas que temos que checar", disse Beltrame. Ele ainda descartou que as mortes tenham sido premeditadas por ordens de traficantes presos – "Não houve comando de presídio ou facção criminosa. Não há nenhum mecanismo de inteligência que tenha essa informação"afirmou.


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