O Corpo de Bombeiros suspeita que o incêndio que atingiu uma favela da avenida Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo, no domingo (7), pode ter sido criminoso.
O tamanho das chamas e a recepção da equipe, com agressões e tiros por traficantes, sustentam a desconfiança dos bombeiros.
"Tomamos pedrada e até tiro. Atiraram pedra, não deixaram eles fazerem o primeiro combate ao incêndio", afirma o capitão Marcos Palumbo, porta-voz da corporação.
"Pelo tamanho das chamas e essa reação dos marginais, leva a crer que algo diferente pudesse estar queimando lá e que possa ter uma conotação de incêndio criminoso", acrescentou.
Palumbo afirma que os bombeiros foram chamados às 21h. Em quatro minutos, quando a corporação diz ter chegado, as chamas estariam em uma altura anormal para uma ocorrência no início.
Ele também relata um comportamento diferente por parte dos moradores. "Normalmente, o corpo de bombeiros consegue conversar com os moradores. Eles sempre falam para a gente. Não teve isso. Teve a reação no primeiro ponto de entrada os bombeiros foram agredidos", afirmou.
Uma hora após a ocorrência, perto dali, houve a prisão de homens com grande quantidade de drogas e dinheiro. A suspeita é que os homens estivessem relacionados com as agressões aos bombeiros.