Monitores do conjunto prisional de Pedrinhas, no Maranhão, fecharam neste sábado (6) a BR-135 no km 13 em São Luís, em protesto por melhores condições de trabalho, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal.
Pedrinhas contabilizou 60 mortos no ano passado, algumas em atos de barbárie. A situação provocou a reação de entidades internacionais de defesa dos direitos humanos. Só neste ano, são 15 mortos no complexo e 20 em presídios de todo o Estado.
Durante o protesto, o trânsito na rodovia de pista dupla foi parcialmente interditado das 7h às 9h pelos monitores, que são funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviço de segurança em Pedrinhas.
O ato ocorreu após um motim na quinta-feira (4) ter deixado um monitor ferido, segundo os agentes penitenciários.
De acordo com a Secretaria de de Justiça e Administração Penitenciária do Estado, o detento Thiago Costa dos Santos, 25, foi morto e outros três presos ficaram feridos na rebelião de quinta-feira. Um preso conseguiu fugir.
O monitor ferido foi submetido a um procedimento cirúrgico e seu quadro era estável. Segundo a secretaria, as causas do motim estão sendo investigadas.
SUPERLOTAÇÃO
Pedrinhas, que vive um cenário de superlotação, chamou atenção de órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos no ano passado após a informação de que presos eram decapitados e esquartejados pelos próprios companheiros de cela dentro do complexo prisional, administrado pelo Estado.
Mesmo após apoio da Força Nacional de Segurança e pressão da Justiça brasileira e de entidades internacionais, Pedrinhas ainda convive com assassinatos, rebeliões e fugas de presos.