Folha de S. Paulo


Motoristas envolvidos em acidentes serão julgados em júri popular

A Justiça paulista decidiu neste ano mandar a júri popular dois motoristas que se envolveram em acidentes que acabaram em morte.

No dia 8 passado, a juíza Lizandra Maria Lapenna, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, pronunciou o engenheiro Marcelo Málvio Alves de Lima, acusado de causar a morte de uma advogada ao bater seu Porsche em alta velocidade contra o carro dela.

O acidente de trânsito aconteceu em julho de 2011, no Itaim Bibi (zona oeste de SP).

O Hyundai Tucson conduzido por Carolina Menezes Cintra Santos, 28, foi atingido na rua Tabapuã.

De acordo com a perícia, o carro estava em alta velocidade (116 km/h) e Lima havia bebido.

Segundo a magistrada, o motorista acelerou o veículo para se exibir e demonstrou indiferença em relação à vítima. Testemunhas relataram em juízo que, após a colisão, ele pegou o celular, telefonou para um amigo e disse: "acabaram com meu carro".

Em fevereiro deste ano, a mesma juíza mandou a júri o bibliotecário Marcos Alexandre Martins, acusado de atropelar e matar Miriam Baltresca, 58, e a sua filha Bruna, 28. As vítimas foram atingidas na calçada do shopping Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo, em setembro de 2011. O crime ganhou repercussão nacional e se tornou uma das bandeiras da campanha pelo endurecimento da lei seca.


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