O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, avaliou nesta terça-feira (17) como "prudente" a decisão da Câmara dos Vereadores de não incluir no texto final do Plano Diretor a regularização da Ocupação Copa do Povo, no bairro de Itaquera, na zona leste da capital paulista.
De acordo com ele, a reivindicação da área pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) é um pedido recente e não tem relação direta com o projeto de lei que vai nortear o planejamento urbano da capital paulista, discutido há um ano e meio.
"Eu achei prudente que a votação do Plano Diretor não se misturasse com uma questão muito recente na cidade, que pode receber um tratamento , ainda que emergencial, apartado", afirmou.
A inclusão da regularização da área no projeto de lei era defendida por membros da base aliada. Para evitar a resistência da oposição na votação da proposta, no entanto, a administração municipal decidiu não inserir a iniciativa no texto final do Plano Diretor.
Na avaliação do prefeito, a questão pode ser contemplada em outros projetos de lei que tramitam na Câmara Municipal. "Hás vários projetos que estão tramitando que podem incidir sobre aquela questão, sem confundir os assuntos. Não é um assunto do Plano Diretor", disse Haddad.
GREVE
O prefeito realizou nesta terça vistoria técnica às obras de uma praça em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Na visita, foi cobrado por moradores locais sobre a ampliação de duas pontes, autorizada pela administração municipal, de Cidade Tiradentes a Guaianases, também na zona leste.
"A lista é interminável, muita coisa ainda para ver", admitiu. Ele reconheceu ainda que a greve no Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo), iniciada nesta segunda-feira (16), poderá sobrecarregar a rede municipal de Saúde.
"Todo equipamento público de Saúde que, por qualquer razão, fica indisponível sobrecarrega o sistema , é uma questão matemática. Com menos atendimentos, os outros equipamentos têm de dar conta do recado", afirmou.