Folha de S. Paulo


Após ataques, governador do Rio diz que não vai 'tolerar baderna'

Após a queima de nove ônibus e o ataque a uma unidade de saúde no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) afirmou nesta terça-feira (29) que pedirá a transferência de três membros do Comando Vermelho para um presídio federal e disse que não vai "tolerar baderna".

As depredações ocorreram após pessoas serem baleadas durante trocas de tiros em favelas na zona norte do Rio.

Em nota, Pezão afirma existir uma "tentativa de desestabilizar o processo de pacificação". O governador enviará pedido ao Ministério da Justiça de transferência de Bruno Eduardo da Silva Procópio, o Piná, Eduardo Fernandes de Oliveira, o 2D, e de Ramires Roberto da Silva para presídios federais.

"Não há recuo no processo de pacificação, que vem retomando territórios, dominados, durante muitos anos, por bandidos. Não vamos tolerar baderna, atos de vandalismo, destruição de patrimônio. Aqueles que cometerem esses atos serão submetidos ao rigor da lei. Segurança é prioridade, enfrentamos problemas que há décadas não eram combatidos", disse Pezão, em nota.

Cinco ônibus foram incendiados na Pavuna após a morte de um adolescente durante suposto confronto entre policiais militares e bandidos da favela do morro do Chapadão. Outros quatro veículos foram queimados e uma UPA (Unidade de Pronto - Atendimento) depredada após um jovem ser baleado em tiroteio no Complexo do Alemão.

O delegado Eduardo Aragão, da 22ª DP (Penha), afirmou na manhã desta terça-feira que deve ouvir nas próximas horas o estudante Carlos Alberto de Souza Marcolino, 20, baleado no tórax, na noite de ontem, para tentar identificar quem queimou os coletivos e iniciou a depredação da unidade de saúde.

Piná e 2D foram presos na semana passada sob suspeita de participação no ataque à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Complexo do Alemão, em fevereiro, em que a soldado Alda Rafael Castilho foi morta. Ramires foi detido no último domingo (27) por agentes da UPP Parque Proletário, na zona norte do Rio.


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