O secretário de Saúde de São Paulo, José de Filippi, disse nesta terça-feira que a Prefeitura de São Paulo pretende "estancar" o surto de dengue em bairros da zona oeste da cidade dentro de duas semanas. De acordo com ele, as políticas adotadas pela administração municipal estão surtindo efeito, mas ainda é necessário o apoio da população.
"Está sob controle, mas precisamos de um apoio permanente da população. 80 pessoas receberam capa para cobrir as caixas d'água fizemos o trabalho de nebulização nas áreas de difícil acesso de veículos, então com o apoio das subprefeituras e da Defesa Civil estamos entrando em lugares que antes não conseguíamos. Estamos com ações para nestas duas semanas estancar [o surto] nos distritos", disse o secretário.
O surto está concentrado principalmente nos bairros Jaguaré, Vila Leopoldina, Rio Pequeno e Lapa. Em março, a cidade atingiu a marca de 1.745 casos, número 42% maior do que o mesmo mês do ano passado. A alta foi puxada pelo índice nessas regiões, que segundo o secretário, concentram cerca de 40% das ocorrências.
José de Felippi voltou a afirmar ainda que o surto de dengue em Campinas (a 100 km de São Paulo) pode ter relação com o aumento de casos na zona oeste da cidade. Isso porque os bairros estão próximos à rodovia Anhanguera e concentram, por exemplo, transportadoras que fazem o trajeto entre as duas cidade.
"As pessoas infectadas vem e a partir dali o mosquito se infecta e acaba levando essa condição para as pessoas em volta", afirmou o secretário.
Para o chefe da pasta de Saúde de São Paulo, outro ponto favorável ao combate aos focos do mosquito da dengue é a chegada de uma frente fria que fez com que os termômetros despencassem. Segundo Filippi, as larvas do mosquito não são resistentes ao choque térmico o que favorece a erradicação do surto.