Folha de S. Paulo


SP tem trânsito lento com greve de ônibus e bloqueio na av. Pacaembu

Um acidente envolvendo duas motos e um carro fechou totalmente a avenida Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, por volta das 7h45 desta sexta-feira (21). Por volta das 9h, apenas uma faixa no sentido marginal estava liberada para os carros.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, duas pessoas ficaram feridas e uma vítima morreu no local. As causas do acidente ainda são investigadas.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os motoristas devem evitar a região por conta do acidente, que ocorreu na altura da avenida General Olímpio da Silveira. A orientação é que os motoristas utilizem caminhos alternativos.

O trânsito também é intenso no restante da cidade. Por volta das 9h, o trânsito estava acima da média. A cidade registrava, segundo a CET, 108 km de lentidão na cidade o que representa 12,5% dos 868 km monitorados. A média para o horário é de 11,8%. A pior região é a zona oeste com 35 km de vias congestionadas.

A CET diz que o trânsito está acima da média por conta de acidentes e da greve de ônibus que acontece na zona norte. Muitas pessoas optaram em tirar os carros da garagem por conta da greve dos motoristas e cobradores da viação Sambaíba. Foram tirados de circulação 448 coletivos, que atendem a 44 linhas.

Os trabalhadores reivindicam o pagamento de horas extras, mais segurança e melhores condições de trabalho, informou Fabiano Nicoleti, representante do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas).

A São Paulo Transporte (SPTrans), responsável pelo transporte coletivo na cidade, acionou o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) desde as 4h40 e disponibiliza 223 ônibus para as 30 principais linhas afetadas.

Os grevistas são funcionários da Garagem 3 da Sambaíba, localizada na rua João Simão de Castro, no bairro Parque Edu Chaves. Há dez dias, uma greve paralisou outra garagem da mesma empresa, afetando mais de 200 ônibus, em 28 linhas da zona norte.

Motoristas e cobradores fizeram diversas reivindicações, como a suspensão do uso de câmeras de vigilância para punir funcionários, o pagamento das horas em que os colaboradores ficam à disposição da empresa e uma solução para o problema das caronas na periferia, o que teria motivado o incêndio de dois ônibus da Sambaíba no último dia 10.


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