Folha de S. Paulo


Causa da morte de operário na Raposo Tavares foi meningite, diz laudo

Laudo do Instituto Adolfo Lutz apontou que um operário que atuava na ampliação da rodovia Raposo Tavares (SP-270), que liga São Paulo a Presidente Epitácio, morreu em consequência de uma meningite meningocócica.

O resultado do laudo foi divulgado em entrevista à imprensa na tarde desta quinta-feira (12), pelo infectologista Alexandre Portelinha Filho, do Hospital Regional de Presidente Prudente, e pela chefe da Vigilância Sanitária do município, Vânia Maria Alves.

A doença é contraída por meio da saliva e de secreções, como suor.

Ontem, a empreiteira OAS, que executa a obra, havia descartado casos de meningite entre os funcionários internados que receberam alta.

"Os cinco colaboradores internados em Regente Feijó já tiveram alta hoje e os exames realizados nos hospitais levaram suas equipes médicas a descartar qualquer possibilidade de quadros de meningite, febre amarela ou dengue. Ainda estão sendo aguardados resultados de exames complementares", informou a empresa, em nota.

Nessa quarta-feira, a obra foi embargada pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Outro operário morreu e dez funcionários chegaram a ser hospitalizados.

A Vigilância Epidemiológica de Regente Feijó fará testes para saber se outros operários que dividiam o alojamento com o funcionário morto têm a doença.

No total, 60 pessoas devem passar por um tratamento profilático para evitar que desenvolvam a meningite.

O laudo da morte do segundo funcionário ainda não foi liberado pelo Instituto Adolfo Lutz e não há prazo para isso ocorrer.

Os três funcionários que continuavam internados tiveram alta hospitalar na manhã de hoje.


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