Folha de S. Paulo


Manifestação bloqueia marginal Tietê em SP e causa 7,2 km de lentidão

Uma manifestação de cerca de 60 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, interdita todas as pistas da marginal Tietê no sentido Ayrton Senna na tarde desta terça-feira. A interdição ocorre na altura da ponte Orestes Quércia, conhecida como Estaiadinha.

Outro grupo interdita a pista direita da avenida do Estado no sentido Ipiranga com a avenida Santos Dumont, no sentido Aeroporto. Os acessos à avenida do Estado também foram bloqueados.

Segundo o sistema de monitoramento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), havia 7,2 km de lentidão na marginal Tietê às 17h45. O tráfego lento estava concentrado entre as pontes Julio de Mesquita Neto e Vila Guilherme.

Marcos Bizzotto/Futura Press/Folhapress
Protesto de moradores da favela Estaiadinha interdita todas as pistas da marginal Tietê em São Paulo
Protesto de moradores da favela Estaiadinha interdita todas as pistas da marginal Tietê em São Paulo

Os moradores da favela que ficava embaixo da ponte atearam fogo em madeiras e entulhos para fechar as pistas de uma das vias mais importantes da capital paulista. A principal reivindicação dos moradores é receber o auxílio-aluguel e um local para ficar temporariamente enquanto aguardam nova decisão da prefeitura.

No início da noite de ontem, um incêndio atingiu o local onde a favela ficava pela terceira vez desde sábado (16), dia em que o terreno passou por um reintegração de posse.

A ponte Orestes Quércia, que fica em cima da favela, está interditada desde a tarde de sábado. Não há previsão para a liberação, pois a ponte passará por vistorias.

A favela foi instalada há cerca de cinco meses em uma área de aproximadamente 4.000 metros quadrados. O terreno pertence à Prefeitura de São Paulo, que entrou com pedido de reintegração de posse há dois meses. A Justiça acolheu o pedido e determinou que os moradores saíssem do local em até 90 dias.

Segundo os sem-teto, houve nesse período uma série de negociações com a prefeitura, que teria pedido para que eles indicassem outros terrenos para alojar as famílias.

A prefeitura afirma que vem cadastrando as famílias da ocupação da Estaiadinha em seus programas de habitação social desde o final de julho, integrando-as à meta de entregar 55 mil moradias até o fim da gestão.


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