Folha de S. Paulo


Polícia investiga morte de espanhol que denunciava crimes ambientais no Rio

Policiais civis investigam o que teria motivado a morte do espanhol Gonzalo Alonso Hernandez, 49. Ele foi encontrado morto, com tiros na cabeça, na manhã de terça-feira (6), próximo à sua casa na cidade de Rio Claro, na região sul do Estado do Rio. Hernandez era conhecido na região por denunciar a caça sem autorização e a extração ilegal de palmito.

No momento do crime, o espanhol, que morava há 10 anos na região, estava sozinho em casa. No domingo (4), ele levou a mulher até a rodoviária de Piraí onde ela embarcou para o Rio. Na tarde do mesmo dia, Hernandez ainda falou com a mulher e avisou que chegava na cachoeira próximo de onde morava.

A polícia aguarda o resultado da necrópsia para saber as causas da morte de Hernandez. Os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli encontraram marcas de sangue no portão de sua casa, os fios do telefone cortados e a caixa de energia violada.

Além da mulher de Gonzalo Hernandez ser chamada a depor, o delegado Marco Antônio Alves também chamará moradores para prestar depoimento.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Biologia 2ª Região RJ/ES (CRBio-02), Vicente Moreira Conti, a morte do espanhol Gonzalo Alonso Hernandez é lamentável.

"Ainda não sabemos o real motivo do crime, mas se for o que está sendo anunciado é um absurdo. A conservação dos nossos ecossistemas, vinculada ao desenvolvimento sustentável, é necessária para a manutenção e a evolução da biodiversidade. É impossível que se construa um mundo melhor sem a preservação do meio ambiente", afirmou o biólogo.


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