No interior gaúcho, o engenheiro civil Wilson Aita deixou sua marca principalmente em duas instituições: no Hospital de Caridade de Santa Maria e na UFSM (a universidade federal da cidade).
Da primeira, o santa-mariense era provedor. Por mais de 25 anos, até quase o fim da vida, dedicou-se à manutenção do hospital, que ele considerava o seu "sexto filho".
Antes, em 1960, ajudou a fundar a UFSM. Foi um dos responsáveis pelo atual Centro de Tecnologia e o primeiro decano da nova faculdade.
Também deu aulas em outras instituições, incluindo colégios de Santa Maria. Trabalhou na organização de uma TV local e de rádios, como a da universidade federal.
Contemporâneo de Leonel Brizola (1922-2004) durante a faculdade na UFRGS (federal do RS), Wilson venceu o famoso político na eleição para o Diretório Acadêmico.
Tinha como hobbies a aviação (era piloto) e o radioamadorismo. Participava de "corrida de código Morse", na qual os participantes disputavam quem conseguiria decodificar primeiro a mensagem.
Segundo a família, apesar de ser tido como um homem sério, era muito engraçado. Prezava a honestidade, mas não conseguia guardar mágoas de ninguém. Tinha paixão por ensinar o que sabia.
Muito católico, certa vez escondeu num papel "O Código da Vinci", de Dan Brown, criticado pela igreja, para que não o vissem com o livro.
Sofria de mal de Parkinson há mais de dez anos. Morreu na sexta (2), aos 91. Viúvo desde 1998, deixa quatro filhos vivos, cinco netos e um bisneto.
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