Folha de S. Paulo


Cabral e Beltrame reagem às declarações de ministra contra a PM

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o seu secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, reagiram às declarações da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, contra policiais militares que atuam na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.

A ministra apontou os PMs que atuam no local como os principais suspeitos pelo desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43. Ele desapareceu em 14 de julho passado após ser levado para a sede da UPP no alto da comunidade.

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Sérgio Cabral se limitou a dizer ser prematura qualquer acusação.

Já o secretário Beltrame foi mais incisivo. "Particularmente, não há que se antecipar juízo de valor. Acho que qualquer coisa fora da verdade é especulação, e especulação prejudica a todos nós. Não pode um fato destes macular um trabalho de seis anos que vem sem dúvida nenhuma mudando índices de criminalidade e mudando as vidas das pessoas deste Estado", disse.

As respostas surgiram após as declarações de Maria do Rosário, em Brasília, no fim da manhã.

"Nos preocupa sobremaneira a abordagem policial e o posterior desaparecimento. Leva à responsabilidade pelo desaparecimento. Toda a investigação e o inquérito devem ser feitos com a hipótese concreta de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos, do abuso de autoridade, da violência policial, algo com o qual nós não podemos conviver", disse a ministra.

Maria do Rosário ponderou, no entanto, que não se pode "jogar fora" as experiências de pacificação de comunidades e disse que é preciso criar a cultura de que a polícia seja o mocinho da história.

Nos preocupa sobremaneira a abordagem policial e o posterior desaparecimento. Leva à responsabilidade pelo desaparecimento. Toda a investigação e o inquérito devem ser feitos com a hipótese concreta de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos, do abuso de autoridade, da violência policial, algo com o qual nós não podemos conviver.

A ministra ponderou, no entanto, que não se pode "jogar fora" as experiências de pacificação de comunidades e disse que é preciso criar a cultura de que a polícia seja o mocinho da história.


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