Um dia depois de receber críticas de moradores, o governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou nesta quarta-feira que todas as famílias que sofreram perdas em consequência do rompimento de uma adutora, na madrugada de terça (30), em Campo Grande, zona oeste do Rio, serão indenizadas pela Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto). O valor, no entanto, ainda será tratado com a empresa.
Na ocasião, uma menina de três anos morreu quando sua mãe tentava tirá-la do local. Tanto o governador como o prefeito foram vaiados pelos moradores. Algumas pessoas estavam com cartazes pedindo "Fora Cabral" e "Fora Paes" e outras berravam pelo "fim da corrupção" e "corrupto".
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"Não só a Rebeca e o Fernando (pais da criança que morreu) como todas as famílias que perderam suas casas, seus pertences, terão todo o nosso apoio, inclusive na liberdade de escolher outro local [para morar], se não quiser que seja lá. A Cedae está dando todo o apoio", disse Cabral, na reabertura do núcleo do Afroreggae hoje pela manhã, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio.
Aguardado por jornalistas, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) não compareceu ao núcleo do Afroreggae. Cabral disse que Paes estava se sentindo mal desde o início da manhã e precisou descansar.
Sobre a hostilização por parte de manifestantes ontem, Cabral disse que protestos contra o governador é comum num Estado democrático.