Folha de S. Paulo


Polícia apura se sangue em carro é de homem que desapareceu no Rio

A Polícia Civil investiga se são do pedreiro Amarildo Dias, 47, marcas de sangue encontradas no carro que o levou até a sede da da UPP da Rocinha, no Rio. Ele está desaparecido desde o dia 14.

As marcas de sangue foram descobertas por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, da Polícia Civil, que estiveram na favela na semana passada.

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Os peritos analisam agora se o sangue é humano. Se for, o próximo passo é descobrir se pertence ao pedreiro.

Para chegar a esse resultado será preciso pedir a coleta para exame de DNA de algum parente direto do pedreiro.

O caso saiu ontem da 15ª DP (Gávea) e passou para Delegacia de Homicídios. Segundo o delegado Orlando Zaccone a medida é comum após 15 dias de desaparecimento de uma pessoa.

No dia 14, Amarildo foi detido por quatro policiais de um Grupo de Intervenção Tática, da UPP/Rocinha. Eles suspeitavam que o pedreiro fosse ligado ao tráfico de drogas.

Amarildo foi levado para a sede da UPP. Segundo o major Edson Santos, coordenador da unidade, nada se comprovou contra ele. Desde então, o pedreiro está desaparecido.

As câmeras da saída do prédio não mostram o homem saindo de lá. Segundo os PMs, elas estavam queimadas.

Os quatro policiais que conduziram o pedreiro até a UPP estão afastados até a conclusão das investigações. Um deles já havia sido afastado após denúncia de agressões a moradores. Voltou à Rocinha após passar 40 dias lotado em outra UPP.

Ontem, houve um tiroteio próximo ao local onde mora a família do pedreiro. Os policiais dizem que foi um confronto entre traficantes.

Uma manifestação pelo esclarecimentos do caso está prevista para quinta-feira.


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