Folha de S. Paulo


Após 10 horas, júri de Evandro Bezerra é suspenso em Guarulhos

Terminou por volta das 20h30, o primeiro dia de julgamento do vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado de ajudar Mizael Bispo de Souza a matar a advogada Mércia Nakashima em 2010. O júri acontece no fórum de Guarulhos e deve ser retomado nesta terça-feira (30) às 9h.

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O julgamento começou por volta das 10h30 e os jurados ouviram três testemunhas de acusação. Arles Gonçalves, representante da OAB que acompanhou o caso na época, e Eduardo Amato Tolezani, engenheiro de telecomunicações responsável pelo laudo que mostra uma ligação telefônica entre o ex-policial Mizael e Evandro Bezerra da Silva no dia do crime, foram os dois primeiros.

O delegado Antônio Assunção de Olim, responsável pela investigação do caso, foi o último a ser ouvido pelos sete jurados -- quatro homens e três mulheres -- que compõe o conselho de sentença. Ainda serão ouvidas outras seis testemunhas, entre elas o irmão de Mércia, Márcio Nakashima.

A previsão da juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira, que preside o júri, é de que os trabalhos durem até quarta-feira (31).

Para o promotor Rodrigo Merli, Evandro não participou da execução do crime, mas sabia dos planos de Mizael quando foi buscá-lo na represa, onde o carro e o corpo de Mércia foram achados.

"Os registros de ligação telefônica mostram que os dois ficaram rondando a casa da avó de Mércia horas antes do crime. Evandro sabia previamente o que ia acontecer", disse Merli.

O advogado Aryldo de Oliveira de Paula, que defende o vigia, afirma que Evandro foi, de fato, buscar Mizael no local, mas não sabia sobre o crime. Ele promete apresentar no júri novos fatos.


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