Quatro policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha estão afastados de suas funções operacionais desde quinta-feira (18). Eles são suspeitos do desaparecimento de Amarildo de Souza, morador da favela.
Os PMs foram deslocados pelo comando da corporação para serviços administrativos na Coordenadoria de Polícia Pacificadora, em Bonsucesso, onde permanecerão até a conclusão do inquérito.
No último domingo, Amarildo foi levado por PMs para uma averiguação, mas não retornou para casa. Dois dias depois, seus familiares registraram o desaparecimento.
Na quinta-feira, o delegado Orlando Zaccone, da 15ª DP, colheu depoimentos dos policiais afastados. Ele solicitou ao comando da UPP as imagens de câmeras de segurança instaladas na Rocinha.
Zaccone está analisando o GPS das viaturas utilizadas pela PM. Policiais da 15ª DP têm feito diligências à procura do morador da Rocinha.
O desaparecimento de Amarildo motivou manifestações de moradores da comunidade na quarta e na sexta-feira passadas, ambas na autoestrada Lagoa-Barra, na entrada da Rocinha.
Os dois protestos, pacíficos, provocaram longos engarrafamentos na autoestrada, principal ligação entre as zonas oeste e sul da cidade.