Folha de S. Paulo


Vestígios de batalha são retirados de prédios públicos do Rio

Os vestígios das depredações de prédios públicos praticamente sumiram na tarde desta terça-feira (18) no centro do Rio. Mas bancos, alguns restaurantes e lojas seguem destruídos, principalmente na rua da Assembleia.

Pichações na Assembleia Legislativa, Paço Imperial e igreja São José foram quase todas apagadas com jatos de água e tinta branca usados por funcionários da Comlurb.

Um grupo de manifestantes pichou os prédios públicos com ofensas ao governador Sérgio Cabral (PMDB) e dizeres contra o aumento da passagem de ônibus.

As carcaças dos dois carros incendiados e restos das fogueiras foram retirados da área. Uma das labaredas criou uma cratera no asfalto da avenida Primeiro de Março. Agentes da Secretaria Municipal de Conservação recapearam a pista.

Alguns voluntários também ajudam na limpeza, catando detritos como cacos de vidros no chão. Eles marcaram pela internet a ação, chamada de "DesOccupy Alerj".

"Viemos limpar a sujeira que fizeram e a imagem da passeata. Porque foram oportunistas que não representam a manifestação que fizeram isso", disse o geofísico Julio Frigério.

O grupo que invadiu a Alerj se separou da manifestação ocorrida na avenida Rio Branco, que seguiu de forma pacífica. Apesar dos apelos de outros membros do protesto para que não iniciassem o confronto, morteiros foram arremessados contra policiais, que foram encurralados dentro do Palácio Tiradentes.

Por três horas, a área ficou tomada por manifestantes que incendiaram dois carros, invadiram bancos e lojas, e picharam prédios do entorno.

Curiosos tiram foto da destruição neste momento.


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