Folha de S. Paulo


É impossível controlar a revolta, diz movimento após protestos

O Movimento Passe Livre classificou de "brutal" a ação da PM e, por meio de nota, disse que "não incentiva a violência em momento algum de suas manifestações".

"Mas é impossível controlar a frustação e a revolta de milhares de pessoas com o poder público e com a violência da Polícia Militar", diz a nota, divulgada antes dos protestos de ontem.

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Alckmin defende ação da polícia na av. Paulista

Segundo o grupo, "dezenas de pessoas" foram feridas pela polícia no ato na avenida Paulista.

A PM nega truculência e afirma que agiu para "garantir a preservação da ordem, a livre manifestação e o direito de ir e vir das pessoas".

Dos 15 detidos no protesto de anteontem, dois continuavam presos ontem à noite.

Um deles é um ajudante geral de 18 anos acusado de depredar uma estação de metrô e que, segundo a polícia, disse não ter os R$ 3.000 para pagar a fiança estipulada.

O outro homem é um mecânico de 35 anos que foi preso quando ateava fogo em sacos de lixo e fazia barricadas. Para ele, segundo a secretaria, não foi estipulada fiança.

Os demais presos foram liberados, alguns depois de pagar fianças de R$ 678 a R$ 3.000, e outros depois de prestarem depoimento.

Foi o caso de Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato dos metroviários. Filiado ao PSTU, ele disse ontem que estava na manifestação por ser contra a alta da tarifa, mas que não concorda com vandalismo.

O Metrô informou ter tido prejuízo de R$ 73 mil em vidros e luminárias quebradas e que vai "acionar judicialmente os autores por danos".


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