Uma cratera de cerca de 30 metros de comprimento por 8 metros de largura "engoliu" um pedaço de uma rua e de uma praça em um bairro nobre de Campinas (a 93 km de São Paulo). Não há feridos.
No Cambuí, região central da cidade, o quarteirão da rua Gustavo Ambrust, entre as ruas Padre Almeida e Emílio Ribas, cedeu completamente nesta quinta-feira (6).
Um pedaço da praça Salim Jorge, um poste e uma árvore de cerca de 7 metros de altura também ruíram junto com a rua e as duas calçadas.
Devido à queda do poste, que ficou pendurado pelos fios no meio da cratera, a CPFL desligou a energia no local.
O buraco fica ao lado de uma obra da construtora GNO. Junto com a rua, uma parede de contenção de mesmo comprimento e quase dez metros de profundidade também cedeu.
Os funcionários da empresa que estavam no local se recusaram a falar com a reportagem.
Dois funcionários da Defesa Civil também não quiseram se pronunciar. O órgão isolou o local para afastar os curiosos, que se aglomeravam durante a tarde.
"Só vi algo parecido pela TV, quando afundou aquele buraco do metrô em São Paulo", disse Francisco Henrique, 57, que trabalha em um almoxarifado ao lado do local do acidente.
"O asfalto rachou por volta das 7h30", disse. "A rachadura foi aumentando e, umas 10h, desceu tudo."
Ele estava no local quando a cratera se formou. Segundo Henrique, funcionários da construtora GNO tentaram controlar a situação antes de a rua ceder, mas o trabalho foi em vão.
"Eles estavam injetando concreto no local da rachadura, mas não deu tempo", disse. "Viram que ia cair e evacuaram o lugar."
Segundo um rapaz de 30 anos que trabalha ao lado e não quis se identificar, uma rachadura já tinha surgido na rua na semana passada. "Já imaginava que isso ia acontecer."
A Emdec (Empresa Municipal de Trânsito) interditou a rua Gustavo Ambrust desde a Norte-Sul, uma das principais avenidas da região central, até a rua Emílio Ribas. O trânsito foi desviado para a João Mendes Júnior. (LUCAS SAMPAIO)