Folha de S. Paulo


Após tumulto, professores ainda protestam na região central de SP

Um grupo de professores da rede estadual de São Paulo ainda protestava por volta das 18h50 desta sexta-feira. Os docentes bloqueavam uma faixa da avenida Ipiranga, no sentido da praça da República, na região central. Mais cedo, houve um tumulto da categoria na avenida Paulista.

Segundo a assessoria da Apeoesp (sindicato estadual dos professores), a confusão foi iniciada por um grupo descontente com a assembleia que resultou no fim da greve. Esses docentes teriam cercado o carro de som, impedindo a passagem. A Polícia Militar então interveio, o que acabou provocando o tumulto.

Professores de SP suspendem greve; assembleia termina em tumulto

O sindicato afirmou que o final da greve foi determinado por maioria de votos. João Victor Pavesi de Oliveira, professor da rede estadual, afirmou, no entanto, que a maioria defendeu a manutenção [da greve], só que a presidente do sindicato decretou o fim da greve".

A Apeoesp afirmou que o retorno ao trabalho ocorre em decorrência de uma nova reunião realizada mais cedo entre a categoria e o governo estadual, onde as negociações teriam progredido. O sindicato aponta ainda que o movimento estava perdendo força nos últimos dias, o que também contribuiu para a decisão dos docentes.

A categoria reivindica reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012; cumprimento da lei do piso --no mínimo 33% da jornada para atividades de formação e preparação de aulas--, fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial; entre outras.

A Secretaria de Educação já havia dito que apresentou a proposta de acréscimo salarial de 8,1% à Assembleia Legislativa no dia 17 de abril e que o secretário Herman Voorwald propôs ao sindicato avaliar no segundo semestre a possibilidade, de acordo com as condições econômicas, de mais um aumento.


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