Folha de S. Paulo


Destino das barracas da praia do Futuro, em Fortaleza, está na mão da Justiça

A praia do Futuro, um dos principais pontos turísticos de Fortaleza, corre o risco de ter suas barracas derrubadas, a depender do resultado de uma ação na Justiça Federal.

O Ministério Público Federal diz que 153 barracas privatizaram áreas de "uso comum do povo" e pediu a demolição das construções.

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Independentemente do desfecho do caso, a Prefeitura de Fortaleza já prepara mudanças na orla. Até o final do ano, vai ampliar o calçadão e diminuir as áreas das barracas, que na verdade são grandes restaurantes na areia --algumas até contam com piscina e espaço para shows.

Os empresários rebatem a Procuradoria e dizem que estão em área de "pós-praia", fora das ondas e marés.

"Geramos 5.000 empregos na alta estação", acrescenta Fátima Queiroz, representante das barracas da praia.

A ação se arrasta desde 2005 na Justiça Federal. Teve decisão de primeira instância pela derrubada, mas os empresários recorreram e agora o processo está sob julgamento no Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

No último dia 23, a relatora da ação, desembargadora Margarida Cantarelli, votou contra a derrubada. Faltam os votos de outros dois desembargadores.

Caso haja decisão pela derrubada, a prefeitura teme que a situação repita a de Salvador, onde todas as barracas de praia foram demolidas em 2010 por determinação judicial e as praias passaram ao abandono e improviso. Até hoje não há novas estruturas.


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