Folha de S. Paulo


Professores fazem passeata em SP e bloqueiam a rua da Consolação

Os professores da rede estadual de São Paulo, que protestam desde o início da tarde desta sexta-feira, bloqueavam todas as faixas da rua da Consolação, no sentido centro, por volta das 17h50. Segundo a Polícia Militar, 3.500 participam da manifestação, que ocorre pacificamente.

Os manifestantes saíram do vão livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo), na avenida Paulista, e seguem em caminhada em direção a praça da República, na frente da Secretaria de Educação. Com isso, o trânsito da região está sendo afetado.

Na Rebouças, havia 4,2 km de lentidão, a partir da Eusébio Matoso, no sentido centro, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Já na avenida Paulista, havia 1,9 km de congestionamento no sentido Consolação, desde a Teixeira da Silva até a Augusta.

Joel Silva/Folhapress
Professores em greve fazem protesto e fecham os dois sentido da av. Paulista, na região central de São Paulo
Professores em greve fazem protesto e fecham os dois sentido da av. Paulista, na região central de São Paulo

A categoria deve decidir hoje sobre a continuidade da greve, iniciada no último dia 19. Segundo o sindicato da categoria, 35% dos docentes aderiram à paralisação. A secretaria, porém, aponta adesão inferior a 10%. Até as 15h20, a PM ainda não tinha estimativa de quantos professores participavam na manifestação.

Representantes do sindicato se reuniram ontem com o secretário da Educação, Herman Voorwald, mas nenhum acordo foi firmado. De acordo com a Apeoesp (sindicado da categoria), foram apresentadas as principais reivindicações dos professores, mas Voorwald disse que não tinha nada a oferecer.

De acordo com o sindicato, os professores reivindicam reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012; cumprimento da lei do piso --no mínimo 33% da jornada para atividades de formação e preparação de aulas--, fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial; entre outras.

Já a secretaria afirma que é "lamentável que a Apeoesp se paute por uma agenda político-partidária e ignore o amplo diálogo que a atual gestão tem estabelecido". A pasta destaca ainda que "os professores já ganham 33,3% mais que o piso nacional vigente e passarão a ter, a partir de julho, uma remuneração 44,1% maior que o vencimento mínimo estabelecido em decorrência da Lei Nacional do Piso".

Joel Silva/Folhapress
Professores em greve fazem protesto e fecham os dois sentido da avenida Paulista, na região central de São Paulo
Professores em greve fazem protesto e fecham os dois sentido da avenida Paulista, na região central de São Paulo

Os professores da rede municipal de São Paulo também planejam uma assembleia na próxima segunda-feira (29), na frente do gabinete do prefeito, no viaduto do Chá, na região central da cidade. O protesto está marcado para começar as 14h e deve discutir uma possível greve da categoria.

Os professores municipais reivindicam, entre outros, reajuste salarial, melhores condições de trabalho e redução do número de alunos por sala de aula.


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