Folha de S. Paulo


Mais de 5,5 milhões já foram vacinados contra a gripe

Mais de 5.585.779 brasileiros foram vacinados contra a gripe, segundo balanço parcial do Ministério da Saúde. A vacinação continua até a próxima sexta-feira (26) em todos os Estados brasileiros.

Ao todo, 17,5% dos mais de 39,2 milhões de pessoas, que pertencem ao público-alvo da campanha, foram imunizados contra a gripe na primeira semana de campanha até as 12h de sábado (20), quando 65 mil postos abriram para participar do "Dia D de Mobilização". Os dados foram repassados ao Ministério pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde.

A meta do Ministério da Saúde é imunizar 31,3 milhões de pessoas que integram os chamados grupos prioritários, que incluem gestantes, idosos com mais de 60 anos, crianças entre 6 meses e 2 anos, profissionais de saúde, índios, população carcerária e doentes crônicos.

A novidade para a campanha deste ano é a inclusão do grupo de mulheres puérperas (que deram à luz em até 45 dias) entre a população alvo, assim como a população carcerária. Neste ano, os pacientes com doenças crônicas podem ser imunizados nos postos de saúde e não apenas nos centros de referência. Basta apresentar uma prescrição médica na hora da vacinação.

Ao todo, foram vacinados 599 mil crianças, 432 mil trabalhadores de saúde, 301 mil gestantes, 3,5 milhões de idosos, 59,8 mil indígenas (a vacinação ocorre nas aldeias onde eles vivem), 68,8 mil mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, 665 mil doentes crônicos e foram aplicadas 14 mil doses na população privada de liberdade.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a campanha também quer imunizar a população contra outros dois tipos do vírus influenza: influenza A H3N2 e B.

Na manhã de sábado (20), o ministro da Saúde participou da mobilização no Estado de São Paulo onde aplicou a vacina no governador do Estado, Geraldo Alckmin e destacou a importância da prevenção. "A vacina é segura e é a principal arma para a gente reduzir as complicações, casos graves e óbitos da gripe. Eu mesmo como ministro da saúde tomei a vacina hoje [sábado], mais cedo", declarou Padilha.

Adriana Spaca/Brazil Photo Press/Folhapress
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aplica vacina contra a gripe no governador Geraldo Alckmin vacinação contra a gripe
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aplica vacina contra a gripe no governador Geraldo Alckmin

O ministro também foi até o Rio Grande do Sul para a mobilização para vacinação contra a influenza. Ele lembrou que o Brasil foi o único país a atingir a cobertura recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

"Ano passado, o Brasil foi o único país da nossa extensão, do nosso tamanho, que chegou a 80% de cobertura dos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nós queremos superar e vacinar ainda mais. E queremos chamar atenção para as grávidas e também para aquelas que estão até 45 dias pós-parto, o chamado puerpério. É muito importante se vacinar para não correr risco por complicações da gripe e nem levar complicações para o seu bebê", alertou Padilha.

EFICÁCIA

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS, e é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.


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