Folha de S. Paulo


UFRJ investiga excessos em trote de alunos de medicina

A direção da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) afirmou em nota nesta quinta-feira que investiga trote ocorrido no início do mês com calouros da Faculdade de Medicina, na Cidade Universitária, no Fundão, Ilha do Governador, zona norte carioca, com o patrocínio de uma cervejaria.

Fotos postadas no Facebook por uma empresa contratada para organizar o evento mostram alunos participando da atividade --proibida no Estado-- dentro do campus.

Nas imagens, os calouros são obrigados a carregar placas com humilhações como "viadinho tatuado" e outras. Eles também são obrigados a sentar sujos de tinta num cercadinho feito no chão.

Reprodução/ Facebook
Estudantes usam camiseta do grupo 'Esquadrão de Bombas UFRJ', que foi banido da universidade
Estudantes usam camiseta do grupo 'Esquadrão de Bombas UFRJ', que foi banido da universidade

"Ao tomar conhecimento das imagens que registraram o episódio, o diretor da Faculdade de Medicina manifestou repúdio quanto à natureza dos atos e indignação, principalmente por identificar a presença de estudantes 'uniformizados' como integrantes do grupo intitulado 'Esquadrão de Bombas UFRJ', organização cujas atividades já tinham sido banidas da unidade", afirma a nota da universidade.

A UFRJ ainda afirma que "repudia os trotes de teor vexatório ou quaisquer manifestações que provoquem humilhação em seus alunos e alunas. A Pró-Reitoria de Graduação orienta com frequência as unidades de ensino a reforçar entre os estudantes que os trotes constrangedores estão sujeitos à sanção disciplinar".

De acordo com a universidade, as únicas atividades de recepção de calouros reconhecidas pela universidade são organizadas pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes).

"Sobre o trote aos calouros da medicina do primeiro semestre letivo de 2013, a direção da Faculdade de Medicina informa que não houve permissão para a realização das atividades no campus. Houve uma solicitação do Centro Acadêmico do curso para fomento de evento, que não foi atendida pela Prefeitura Universitária. Portanto, o evento foi realizado à revelia da universidade", diz.


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