Folha de S. Paulo


Casas afetadas por queda de helicóptero em SP serão reformadas

As cinco casas que foram atingidas pela queda de um helicóptero ontem, na zona norte de São Paulo, passaram por vistoria e serão reformadas antes de serem entregues às famílias. Todos custos serão pagos pela Helimarte, companhia de táxi aéreo dona da aeronave.

Empresa diz que helicóptero que caiu em SP "tinha perfeitas condições" de voo
Guindaste retira destroços de helicóptero que caiu em SP
Defesa Civil interdita 5 casas após queda de helicóptero em SP
Helicóptero cai sobre casa e deixa um morto e 4 feridos em SP

De acordo com a Defesa Civil Municipal, dois imóveis passarão por reformas estruturais e três terão os telhados trocados. A Helimarte não soube informar quando as obras terão início. Após as reformas, todos os imóveis serão vistoriados e liberados individualmente pela Defesa Civil.

Editoria de Arte/Folhapress

Ao todo, 14 pessoas de cinco famílias foram afetadas. Todas foram cadastradas pela Subprefeitura de Jaraguá e levadas à um hotel --as despesas de hospedagem também serão pagas pela Helimarte.

A companhia de táxi aéreo disse que a aeronave modelo Jet Ranger 3 "tinha perfeitas condições de aeronavegabilidade" e "havia passado recentemente pela inspeção anual de manutenção, válida até 1º de novembro de 2013".

A empresa também disse que vai prestar assistência para a família do piloto Marcelo Stella Melo Ribeiro, que era solteiro e não tinha filhos. Segundo a Helimarte, ele tinha "larga experiência de voo e todas as qualificações exigidas e necessárias para operar".

Foi o primeiro acidente com vítimas da Helimarte, que atua há 14 anos no mercado. Hoje, a empresa não abriu em homenagem a Ribeiro.

No fim da tarde de ontem, o helicóptero foi removido e levado para um hangar da Aeronáutica, que vai investigar o acidente. Um inquérito também foi aberto no 46º DP (Perus).

De acordo com a Aeronáutica, no ano passado ocorreram 22 acidentes com helicópteros no país, queda de 18% em relação a 2011. Em três acidentes ocorreram mortes. Um deles foi a queda de um helicóptero que matou aluno e instrutor na zona oeste, em julho.

SUSTO

A queda assustou diversos moradores. Conforme os bombeiros, uma pessoa passou mal ao ver a queda e foi socorrida no local. Outra machucou o braço quando corria para longe dali.

A Defesa Civil municipal interditou cinco casas, entre elas a do jardineiro Ronaldo Bezerra Leite, 45, a mais atingida. Ele estava no trabalho e seus filhos, de nove e dez anos, com a avó. "Me ligaram, mas só acreditei quando vi na TV a casa toda quebrada. Se alguém estivesse lá dentro, já era."

A professora Márcia Watanabe, 36, disse que ouviu um barulho alto. Quando olhou pela janela, viu a aeronave sobrevoar um conjunto habitacional e cair. "Poderia ter sido pior. Eu acho que ele tentou desviar dos prédios e pousar no mato ao lado, mas não conseguiu. O piloto foi um herói. Se batesse nos prédios, ia morrer muita gente", contou.

Os servidores Ramiro Levy, 45, e Fabiana Barbosa, 31, foram levados para o Hospital das Clínicas; Idevanir Souza, 28, foi para o São Camilo.

Editoria de arte/Folhapress

Endereço da página:

Links no texto: