Folha de S. Paulo


Starbucks também admite relação com escândalo da carne estragada na China

O recente escândalo envolvendo o fornecimento de alimentos para grandes redes de fast food na China ganhou proporção maior nesta terça-feira (22).

Na segunda (21), a McDonald's Corp e a Yum Brands, controladora da marca KFC, vieram a público pedir desculpas aos consumidores chineses, depois de agências reguladoras do país fecharem uma empresa que fornecia carnes às redes –uma reportagem de TV mostrou funcionários da Shanghai Husi Food, unidade da norte-americana OSI Group, adicionando à mistura vendida às lanchonetes carne estragada ou que havia caído no chão.

Aly Song/Reuters
Consumidores entram em unidade da Starbucks em Xangai nesta terça-feira (22)
Consumidores entram em unidade da Starbucks em Xangai nesta terça-feira (22)

Agora, foi a vez de a cafeteria Starbucks também se pronunciar sobre o caso. Na rede social Weibo, uma espécie de Twitter chinês, a rede americana disse que, apesar de não fazer negócios diretamente com a Shanghai Husi Food, algumas de suas unidades na China venderam produtos contendo carne de frango fornecida originalmente pela empresa.

O panini de frango com molho de maçã, vendido em 13 províncias do país asiático, era feito com carne de um fornecedor que comprava da Shanghai Husi –o produto foi retirado do cardápio da Starbucks.

Segundo a agência de notícias Reuters, a agência reguladora de alimentos na China orientou seus escritórios regionais a realizar inspeções em todas as empresas que eram clientes da Shanghai Husi. O órgão também deve verificar todas as instalações da OSI na China –e acrescentou que o caso pode ser encaminhado a autoridades policiais.

A segurança alimentar é uma das questões mais importantes para consumidores chineses, depois de um escândalo em 2008, no qual laticínios contaminados pelo produto químico industrial melamina levaram à morte de seis crianças e deixaram milhares de doentes.

Outros escândalos alimentares atingiram as indústrias de carnes e laticínios nos últimos anos, e muitos chineses olham para marcas estrangeiras em busca de padrões de segurança mais altos.

Com Reuters


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