Folha de S. Paulo


Plantio de trigo está avançado no Paraná

Dirceu Portugal/Folhapress
Colheita de trigo no município de Juranda, na Região Centro-Oeste do Paraná.
Colheita de trigo no município de Juranda, na região centro-oeste do Paraná.

O tempo seco favorece o plantio de trigo no Paraná.

Em abril e maio os produtores já haviam semeado 71% da área que será destinada ao produto.

A média dos cinco anos anteriores para esse período é de de 60%.

Neste mês, contudo, o ritmo de plantio está mais lento devido a chuvas e solo úmido. A área que será destinada ao trigo neste safra deverá recuar para 970 mil hectares no Estado, 11% menos do que na anterior, segundo Hugo Godinho, analista do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná.

Essa antecipação de plantio faz parte também de uma estratégia do produtor, que assim terá mais tempo para programar a safra de verão, que vem logo a seguir.

Os produtores tiveram um pequeno alívio no custo de sementes, dos fertilizantes e dos agroquímicos nesta safra. Com isso, esses itens geraram uma economia de R$ 3 por saca, com os gastos de produção recuando para R$ 37 por saca, em média, segundo Godinho.

O cenário dos preços não é muito atraente. Há uma recuperação desse setor na Argentina, país que interfere muito no patamar de negociações de trigo no Brasil.

Dados desta quinta-feira (29) da Bolsa de Cereais de Buenos Aires apontam uma área de 15,5 milhões de hectares para esse produto no país vizinho.

Se confirmada, essa área superará em 8% a do ano passado. Mantida a mesma produtividade, os argentinos deverão colher próximo de 16 milhões de toneladas.

Nas safras de 2008 e de 2009, devido a seca e intervenção do governo no mercado, os argentinos produziam abaixo de 10 milhões de toneladas por ano.

A produção mundial de trigo deverá atingir 740 milhões de toneladas na safra 2017/18, praticamente o mesmo volume do consumo, que será de 734 milhões, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

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Perigo - Um dos maiores perigos para a citricultura, o greening está presente em 17% das plantas cítricas das lavouras de São Paulo e do Triângulo Mineiro.

Estável - Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura). O percentual é elevado, mas se mantém estável em relação ao dos anos anteriores.

Doença - O greening é uma doença, provavelmente vinda da Ásia, provocada por bactérias. De difícil controle, causa elevadas perdas nas plantas cítricas.

Ainda maior - O efeito dessa doença tem sido ainda mais desastroso nos laranjais da Flórida, nos Estados Unidos, onde pelo menos 90% da plantas são afetadas pelo greening.

Queda - A produção de laranja da Flórida caiu para 69 milhões de caixas na safra 2016/17. Há dez anos, estava em 170 milhões. Essa queda foi provocada, em boa parte, pela doença.

Fiscais - O Anffa Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários) diz que a contratação temporária de médicos veterinários para a fiscalização de frigoríficos põe sob suspeição a isenção do trabalho realizado.

Típica de Estado - Para a entidade, essa fiscalização é uma atividade típica de Estado e deve ser realizada por servidores de carreira, a fim de garantir a independência do processo de fiscalização.


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