Folha de S. Paulo


Carne recupera espaço nas exportações no mês

Após um fevereiro curto e com feriados, as carnes devem voltar a volumes normais de exportações neste mês. A suína, a que registrou a maior queda no mês passado, já obteve, na primeira semana de março, crescimento de 8% nas vendas médias diárias.

Se mantida a tendência nas próximas semanas, o setor termina o mês com vendas externas de 29 mil toneladas apenas de carne "in natura".

Em fevereiro, a exportação de carne suína "in natura" foi de 22 mil toneladas.

As vendas externas de carne bovina mantêm, neste mês, o mesmo ritmo do registrado no anterior, segundo dados diários da Secretaria de Comércio Exterior.

Mas só o fato de março ser mais longo deverá levar as exportações de carne "in natura" para 92 mil toneladas, acima das 76 mil de fevereiro.

A previsão não inclui as demais carnes -industrializadas e miúdos-, que, no mês passado, somaram 22 mil toneladas, segundo a Abiec (associação do setor).

Ao contrário das demais carnes, a de frango inicia o mês com ritmo menor. A exportação média diária de carne "in natura" soma 12 mil toneladas, 19% menos do que no mês anterior.

Mais afetadas do que os outros setores pela greve dos caminhoneiros no mês passado, as exportações de carne de frango voltam a crescer neste mês, acredita o setor.

No mês passado, foram vendidas 302 mil toneladas dessa proteína, aponta a ABPA (associação do setor).

CAFÉ

As exportações diárias de café em grão se mantêm neste mês, em relação às de fevereiro. Mas os dados da Secex apontam, devido ao mês mais longo, para 2,99 milhões de sacas em março, acima dos 2,5 milhões de fevereiro.

Mesmo com volume menor no mês passado, as exportações acumuladas de 12 meses superam 36 milhões de sacas, o que ocorre pelo quarto mês seguido, segundo acompanhamento do Cecafé (conselho dos exportadores).

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Exportador de milho vende mais, mas recebe menos

O Brasil continua exportando mais milho neste ano do que em igual período de 2014. Mas os preços recebidos pelos exportadores recuam.

O país comercializou 64 mil toneladas do cereal por dia útil em neste mês, 109% mais do que em março de 2014. O valor médio da tonelada exportada caiu 8%, para US$ 195, ante US$ 212 em igual período do ano passado, aponta a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O volume de exportações, acelerado de agosto do ano passado até janeiro último, começou a diminuir a partir de fevereiro, quando caiu para 1,1 milhão de toneladas.

As exportações deste mês do cereal, mantido o ritmo da primeira semana, voltam a superar as de fevereiro. Mas a soja, em plena safra, passa a ser prioridade nas exportações a partir de agora.

As vendas externas de milho voltam a tomar corpo a partir de agosto. No ano passado, dos 21 milhões de toneladas exportadas, 15 milhões ocorreram nos últimos cinco meses do ano.

O Brasil volta a ter o Irã como o principal importador do cereal. Os persas compraram 342 mil toneladas em fevereiro, 135% mais do que em igual mês de 2014. O Vietnã veio a seguir, com 219 mil.

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Argentina As exportações de carne bovina renderam US$ 1,31 bilhão para os argentinos em 2014. Pelo menos US$ 693 milhões vieram das vendas de carne "in natura", enquanto o produto congelado rendeu US$ 380 milhões.

Principais Os dados são do IPCVA (instituto de promoção da carne bovina). A Alemanha, com gastos de US$ 324 milhões, esteve entre os principais importadores do produto argentino. A seguir vieram Chile (US$ 175 milhões) e Rússia (US$ 172 milhões).


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