Folha de S. Paulo


Cai renda de produtores na União Europeia

Após três anos de aumento de renda, os produtores da Europa já começam a sentir no bolso o novo cenário de queda no setor agropecuário, uma tendência que pode se estender também para outras parte do mundo, inclusive para o Brasil.

Em 2013, a renda média dos produtores da União Europeia, incluídos os 28 países do bloco, recuou 1,3%. Essa queda ocorre porque houve uma desaceleração de 0,9% na força de trabalho e de 2,1% no rendimento agrícola.

O valor bruto da produção do bloco permaneceu inalterado, mas os preços tiveram queda real de 3,7%.

Os dados são do Eurostat, que reafirma o cenário atual de valorização das proteínas e de queda nos preços dos cereais, após a recomposição mundial dos estoques.

Um dos destaques dos dados do Eurostat é a importância que o Brasil tem na composição dos alimentos dos europeus, tanto no fornecimento de proteínas como no de grãos.

O valor da produção europeia cresceu 1,5% no setor de animais, com aumento real de 1,6% nos preços. Já no setor de grãos, o volume produzido teve evolução de 2,7%, mas com redução média de 1,1% no valor da produção. O preço dos cereais teve queda de 14%, enquanto o das oleaginosas subiu 15%.

Os dados do Eurostat apontam produção de 302 milhões de toneladas de cereais. Desse volume, 45% são produção de trigo.

Já produção de sementes oleaginosas subiu para 29,8 milhões, 20,5 milhões vindas de colza, segundo o Eurostat.

A economia europeia deu os primeiros sinais de recuperação no ano passado, e as exportações subiram para US$ 373 bilhões, com saldo de US$ 57 bilhões. Enquanto as exportações do bloco cresceram 4%, as importações recuaram 2% no período.

O Brasil foi o país que mais forneceu produtos agropecuários para a União Europeia no ano passado, participando com 13% das importações do bloco. Na lista das importações dos europeus estiveram soja, óleo vegetais, café e alimentos para animais.

O Brasil está, também, na ponta da lista dos fornecedores de carne de frango. A produção do bloco atingiu 12,7 milhões de toneladas, 1% mais. Já as importações desse tipo de carne feitas pelos europeus cresceram 3,4%.

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Impulso O Brasil mais uma vez ajudou a impulsionar as vendas mundiais da Syngenta. As vendas totais subiram para US$ 8,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, 4% mais do que no ano passado.

América Latina As vendas na região, principalmente com a participação do Brasil, subiram para US$ 1,3 bilhão, 11% mais do que em igual período anterior. Na América do Norte, houve queda de 6%.

Mercado aquecido A manutenção da arroba do boi gordo em alta faz a demanda por touros com melhoramento genético ficar aquecida, segundo a Agro CFM. A empresa prevê a venda de 2.000 animais neste ano.

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Grupo Tereos produz amido e xarope de milho em SP

O grupo Tereos, terceiro maior produtor de açúcar no país, diversificou ainda mais a sua produção ao inaugurar, nesta quarta (23), uma fábrica para a produção de amido e de xarope de milho.

A nova unidade, construída ao lado da de processamento de mandioca, em Palmital (SP), tem capacidade de processar 150 mil toneladas de milho por ano, o mesmo volume utilizado anualmente pela unidade de processamento de mandioca.

O grupo, o terceiro maior produtor de amido e derivados na Europa, inaugura a sua oitava fábrica no Brasil.

A nova unidade do grupo faz parte do plano de investimentos de € 100 milhões iniciado em 2011.

O amido de milho e seus derivados são usados por vários segmentos industriais, entre eles os de produção de alimentos e de nutrição animal.

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BOI

Arroba tem queda de 0,8% em São Paulo

O mercado "amarrado" e abastecido provocou queda de 0,8% no preço da arroba do boi gordo nesta quarta-feira (23). Acompanhamento de preços da Informa Economics FNP indicou R$ 119 por arroba no noroeste de São Paulo. Mesmo com a queda, o preço é 16% superior ao de há um ano.


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