Folha de S. Paulo


Arroz terá consumo, exportação e área plantada recordes

Os números mundiais do arroz apontam para vários recordes na safra 2013/14. A área semeada sobe para 160,3 milhões de toneladas, 3 milhões a mais do que na anterior, e a produção vai a 473,2 milhões de toneladas.

O consumo e as exportações mundiais também terão números recordes, subindo para 471,1 milhões e 39,2 milhões de toneladas, respectivamente.

Os estoques finais da safra 2013/14 não serão muito favoráveis aos produtores, no entanto, uma vez que vão subir para 160,3 milhões de toneladas, os maiores desde o início da década de 2000.

Os números são do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), que prevê área e safra maiores devido ao suporte de preços que os governos têm dados ao produto.

No Brasil, a área também cresce, para 1,11 milhão de hectares no Rio Grande do Sul -principal produtor brasileiro-, mas a estimativa inicial de a produção superar a da safra anterior, poderá não se concretizar.

Cláudio Pereira, presidente do Irga (Instituto Riograndense do Arroz), diz que o cenário mudou nos últimos 15 dias.

Atraso no plantio e excesso de chuva em algumas regiões vão prejudicar a produtividade, reduzindo a safra do próximo ano, que deve ficar perto de 8 milhões de toneladas.

"Uma das provas do cenário adverso é que a saca de arroz subiu R$ 4 nas últimas semanas, atingindo R$ 38."

Demanda interna e exportações devem garantir os preços no mercado interno, mas o não reajuste dos preços mínimos do arroz para Santa Catarina e Rio Grande do Sul preocupa os produtores. O valor permanece em R$ 25,80 por saca, segundo Pereira.

O produtor ainda tem margem de ganho, uma vez que o custo de produção é de R$ 29 por saca, mas, se o mercado cair abaixo disso, terá prejuízos.

*

Argentina reavalia para baixo safra de trigo

Após suspender, em outubro, as estimativas de produção de trigo porque os dados estavam abaixo das perspectivas privadas, o governo argentino reavaliou a safra.

Desta vez, apresentou números ainda menores: 8,5 milhões de toneladas.

Esse volume é inferior à produção normal do país e está abaixo dos 10,35 milhões estimados pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Já a Bolsa de Rosário tem um número mais próximo: 9,1 milhões de toneladas.

Com esse cenário, o governo argentino estima que a disponibilidade de trigo para exportações será de 2 milhões de toneladas, apenas 30% do que o Brasil necessita importar por safra.

Os moinhos brasileiros vão ter de continuar buscando trigo em países fora do Mercosul.

*

Custo de vida - Alimentos lideram os aumentos em SP

O Índice do Custo de Vida no município de São Paulo subiu 0,45% em novembro, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O grupo que mais contribuiu para o aumento foi o da alimentação. Destaque para as frutas, que subiram 4,6% no período.


Endereço da página: