O nome, que significa "aquele que anda no vento", é inspirador. A visão da fachada, idem: um velho sobrado de Perdizes, com paredes "no tijolo" e janelas altas, transformadas em vitrines, tomadas por grandes pranchas de fibra. Não há placa. Só o colorido dos equipamentos, característico dos esportes de mar, serve de convite para entrar pelo portãozinho lateral. Ele e a fama dos donos, uma família de campeões de windsurf.
A Windriders abriu há dois meses, na esteira da mania do verão, o SUP ("stand up paddle"), aquele pranchão movido a remo que homens e mulheres andam empurrando para além da arrebentação. Também vende equipamento para iniciantes e avançados em surfe, windsurf e kitesurf, e representa marcas gringas famosas entre adeptos, como Cabrinha e Neilpryde.
| Thays Bittar/Folhapress | ||
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| Equipamentos para prática de "stand up paddle" saem por ao menos R$ 3.000 |
Dentro, parece mais showroom que loja: a sala maior tem pranchas de vários tamanhos, volumes e qualidades, e acessórios; a menor, roupas de neoprene e tecidos térmicos.
O casal que me atende explica que a ideia é ser um lugar onde, além de equipamentos, gente de todo nível de envolvimento com esses esportes --incluindo nenhum-- encontre o que precisa para uma prática que caiba na vida, em oposição a um trambolho caro para ser encostado.
Demanda um certa "psicologia", eles me contam. O que inclui "auscultar" quem entra para identificar iniciantes e convencer a turma interessada no SUP --sobretudo gente de meia-idade e passado atlético, que hoje busca um jeito divertido de queimar 800 calorias por hora-- de fazer um curso antes de gastar R$ 3.000 no equipamento básico (fora a roupinha de neoprene).
Pela simpatia com que encaram minha total ignorância sobre assuntos de prancha e vela, têm tudo para chegar lá.
CONCLUSÃO: vento a favor
Windriders. R. Dr. Homem de Melo, 420, Perdizes, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/4562-5162.