Folha de S. Paulo


Crise!

O vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, comemorou uma vitória e sofreu uma derrota nesta semana. Ganhou a queda de braço para ter o melhor técnico possível: Juan Carlos Osório. Nem Luxemburgo nem o português José Peseiro vão pisar no CT da Barra Funda. Mas Gustavo de Oliveira deixou o cargo de gerente de futebol, uma perda para Ataíde.

Gustavo pediu demissão quando Carlos Miguel Aidar anunciou que será homem forte do departamento de futebol. Também porque sabia que, desde a briga com Juvenal Juvêncio, Aidar queria sua saída.

Antes de ser gerente do São Paulo, Gustavo de Oliveira foi sócio do escritório de advocacia do conselheiro José Mansur, que ficou ao lado de Juvenal Juvêncio depois da briga com Aidar. O novo presidente do clube sempre julgou estar dormindo com o inimigo.

Bobagem!

Gustavo de Oliveira não é mais sócio de Mansur e sempre foi extremamente profissional.

Aidar diz que não vai abrir mão de interferir nas decisões do departamento de futebol. Ao presidente cabe esse poder e a obrigação de delegar para não acumular trabalho que não dê conta. Talvez por isso mantenha o discurso de que vai compartilhar a gestão do futebol com o atual dirigente, Ataíde Gil Guerreiro.

Para o São Paulo, o mais importante não é saber quem vai tomar as decisões. É como se vai viabilizar que o novo técnico tenha respaldo e tranquilidade para fazer o time ganhar títulos como ganhava no passado recente. De 2008 para cá, só uma taça entrou no memorial: a Copa Sul-Americana de 2012.

ENQUANTO ISSO...

Oswaldo de Oliveira já ouviu da diretoria que seu trabalho não é satisfatório até o momento. Hoje, em Itaquera, se o Palmeiras não ganhar, olê, olê, olá...

Está claro que Oswaldo não conseguiu extrair do time todo o potencial que possui. Era o caso de Vanderlei Luxemburgo no Flamengo, também.

Por outro lado, o maior atraso do futebol brasileiro continua sendo julgar o mérito ou fracasso de uma equipe depois de cinco meses.

O país segue achando que pode trocar tudo a todo instante, como se fazia quando o futebol era decidido apenas pelo talento individual.

Só que o jogo é cada dia mais coletivo e só se alcança um bom nível de equipe com escolhas corretas e sequência.

Não significa que não se possa nunca trocar um treinador. Significa que cada troca é um reinício e recomeçar a cada cinco meses significa cinco meses perdidos.

No Corinthians, também há crise, mas Tite não corre risco. Se a lógica dos técnicos fosse igual com os dirigentes, haveria um presidente novo a cada cinco meses.

.... NA CBF

A resposta indispensável é quem atende pelo nome de coconspirador 12, no processo do FBI. É só o que pode atingir a nova cúpula da CBF.


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