Folha de S. Paulo


Trump abraça o carvão, mas empresas e governos nos EUA não acompanham

No "New York Times", "cercado por mineiros de carvão, Trump tratou a ordem para desfazer o legado climático de Obama como um passo para a independência energética".

O "Washington Post" destacou que ele pode estar dando o passo sozinho, porque "governadores, prefeitos e líderes empresariais planejam seguir em frente com os planos de reduzir as emissões".

O "Wall Street Journal" foi na mesma linha, com o título "Apesar da ação de Trump em relação à mudança climática, empresas vão se manter distantes do carvão ". Para especialistas, "é improvável que seja revertida a mudança das indústrias para o gás natural e a energia solar e eólica".

XIITAS & SUNITAS

O mesmo "WSJ" mostra que, "enquanto crescem as tensões entre Teerã
e Washington, Irã e monarquias do Golfo fazem as pazes". A própria Arábia Saudita está "silenciosamente tentando reparar a relação" com o rival em petróleo e islamismo. Um "diplomata ocidental" diz que "Aleppo foi o ponto de mudança, e os sauditas têm sido pragmáticos, dizendo: Nós perdemos e vamos tentar tirar o melhor de uma situação ruim".

EUA FORA

Mais do "WSJ", que vem se distanciando de Trump: "Investidores correm para o Irã, enquanto empresas americanas assistem do acostamento". Lista contratos fechados por corporações como a alemã Siemens, a anglo-holandesa Shell e a francesa Renault. Americanas como Ford e Apple desistiram. Entre os motivos estariam as ameaças de Trump, na campanha.

Reprodução
capa do tabloide
Tabloide questiona quem tem as melhores pernas, se a líder escocesa ou a inglesa

'IMBECIL'

O "Daily Mail" nem citou na capa a discussão do novo referendo na Escócia, para se separar do Reino Unido, na reunião entre as primeiras-ministras britânica e escocesa. "Não importa o Brexit, quem venceu o Legs-it! ", publicou, forçando trocadilho com pernas. Parlamentares chamaram a publicação de "imbecil".

PROBLEMA

A revista "Americas Quarterly", ligada à instituição Americas Society, que realizou evento com o próprio Michel Temer dias atrás, avisa que ele tem "boa agenda econômica, mas sua impopularidade é problema cada vez maior". Diz que "uma narrativa alternativa começa a emergir", em episódios como o escândalo da carne. "Muito pouca gente confia e menos gente ainda gosta deste governo."


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