Folha de S. Paulo


Reoneração da folha ocorre quando competidor é subsidiado, diz Embraer

A volta da contribuição patronal à previdência prejudica a Embraer porque representa um custo a mais em um momento em que outros países subsidiam suas companhias, diz Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da empresa.

"A desoneração da folha era um apoio importante. Ocorreu quando competidores estão recebendo recursos de seus governos", afirma.

O Brasil questiona na OMC subsídios do governo canadense à Bombardier, competidora da brasileira.

"Esse é o maior caso, mas o mais importante é a mensagem que uma ação como essa passa a japoneses, chineses e russos."

A empresa brasileira entregou menos aviões comerciais (queda de 14,2%) e executivas (34,8%) no primeiro trimestre deste ano. Santos afirma que é comum que o primeiro trimestre seja mais fraco que o restante do ano.

A previsão é de até 102 naves comerciais, contra 108 em 2016, e de um número entre 105 e 125 aeronaves executivas –foram 117 no ano passado.

A Embraer ampliará sua atuação pós-vendas e, para isso, criou uma área de manutenção, reparos, venda de peças e serviços no interior de aeronaves.

A expectativa é que, em quatro anos, esse departamento seja responsável por 25% do faturamento.

Outro plano, ainda sem prazo definido para ser implementado, é que essa unidade atenda também aviões de outras marcas.

O mercado global de aviação executiva não voltou aos níveis anteriores à crise de 2008. De um pico de 1.350 aeronaves naquele ano, o número caiu para 650, em 2016.

Há uma tendência mundial de incorporar conceitos como o de compartilhamento, em que empresas compram horas de voo, não um avião, exemplifica o presidente.

Essa nova forma de consumo deve impulsionar as encomendas, mas ainda é incerto quando isso acontecerá.

ABRE AS ASAS SOBRE NÓS
Resultados e previsões da Embraer

Receita líquida em 2016
US$ 6,22 bi

Variação em relação a 2015
6%

Estimativa de receita líquida - 2017
Em US$ bilhões

Aviação comercial: de 3,21 a 3,4
Aviação executiva: de 1,6 a 1,75
Defesa e segurança: de 0,8 a 0,9
Outros: 0,05
Total: de 5,7 a 6,1

Entregas

Jatos comerciais: 97 a 102
Jatos executivos leves: 70 a 80
Jatos executivos grandes: 35 a 45

Fonte: balanço anual da empresa

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Bancos veem alta de demanda para crédito com Finame do BNDES

Pela primeira vez em dois anos, os bancos que operam com recursos do BNDES registraram aumento na procura por crédito para a aquisição de máquinas e equipamentos.

No acumulado até março, os pedidos de liberação de recursos da linha Finame superaram o volume do primeiro trimestre de 2016: foram R$ 4,559 bilhões –alta de 32%.

"A maior demanda ocorreu em março", afirma Ricardo Ramos, diretor de operações indiretas. O financiamento para a compra de bens de capital saiu de R$ 538,3 milhões para R$ 1,330 bilhão (alta de 147,1%) no período.

"Transportes continuam sofrendo", diz Ramos. A variação do crédito para a aquisição de ônibus e caminhões no trimestre foi positiva, embora bem menor, de 8,7%.

TERMÔMETRO - Bancos registram alta na procura por crédito na linha Finame (máquinas e equipamentos)

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Logística da venda direta

Empresas do setor de beleza que utilizam vendedores diretos têm custos de armazenagem e logística 270% maiores do que os varejistas tradicionais, segundo a consultoria BCG.

A disparidade existe devido à dificuldade em atuar de forma pulverizada, sem que vendedores contem com estoques, em uma área do tamanho do Brasil, diz Flávia Takey, diretora da consultoria.

A tendência é que a taxa aumente. "O consumo deverá crescer muito mais fora das regiões metropolitanas. E, como se vai cada vez mais longe, o custo é cada vez maior."

No Brasil, 26% das vendas do setor de beleza são feitas por revendedores. A modalidade é duas vezes mais representativa que em países como China e Estados Unidos, onde o varejo virtual tem um peso maior. Foram analisadas 17 empresas de grande porte do setor de bens de consumo.

De porta em porta - Vendas de produtos de beleza e cuidado pessoal, em %

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Saúde... A chance de uma pessoa contratar um plano de saúde individual é 27,5% menor caso ela já tenha plano empresarial, aponta o IESS, instituto do setor. Em 2016, ambas modalidades retraíram 2,8%.

...privada Entre os fatores que aumentam probabilidade de contratar um plano individual estão ter ensino superior completo (9,2% ) e doenças crônicas (1,2%).

Automático A Audaces, empresa catarinense do setor têxtil, vai investir R$ 12 milhões até 2018 em máquinas e sistemas de automação.

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HORA DO CAFÉ

Alves
charge Mercado Aberto 16 de abril

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com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


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