A Anvisa (vigilância sanitária) deverá liberar a venda de suplementos para nutrição cosmética e esportiva para serem comercializados como alimentos no ano que vem, diz Thalita Lima, gerente-geral de alimentos do órgão.
Pela lei atual, considerada restritiva pela própria agência, produtos como cápsulas com substâncias concentradas são enquadrados como remédios e têm que enfrentar um processo longo para serem vendidos no Brasil.
O plano é que os suplementos passem a ser considerados alimentos pela Anvisa.
"É importante para o país buscar convergência com a regulação internacional. Permitiremos dezenas de substâncias, mas elas não vão poder ter alegação terapêutica."
Em 2016, o órgão emitiu 17 resoluções que tiraram de circulação produtos específicos com substâncias proibidas, contra 12 em 2015.
Neste ano, começou a vigorar um acordo com a Abenutri (de produtoras e distribuidoras estabelecidas) em que a associação notifica lojas que vendem suplementos proibidos pela Anvisa.
Se o comerciante não retirar o produto da prateleira, a Abenutri avisa a agência. Foram 32 casos no ano, afirma o presidente Marcelo Bella.
"Há mais demanda por causa da proliferação de academias, e, às vezes, por desconhecimento de importadores, substâncias proibidas são comercializadas."
O segmento de nutrição para esportes cresceu 9% em 2016, aponta a Euromonitor.
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Na Estrada
Após interromper a abertura de lojas neste ano, a rede de cafeterias Starbucks retomará seu processo de expansão no Brasil em 2017.
São Paulo e Rio de Janeiro continuarão sendo os únicos Estados em que a marca estará presente.
"Teremos três lojas em rodovias paulistas. Ainda há muito espaço para crescer [em SP e RJ]", afirma Ricardo Rinkevicius, diretor-geral no Brasil.
O centro de São Paulo e aeroportos também receberão lojas, segundo o empresário. O investimento e o número de unidades previstos não foram divulgados.
Há dez anos no Brasil, a companhia prevê estar em outras capitais e ter uma "presença maciça como nos EUA" na próxima década, diz Rinkevicius.
103
é o número de lojas no país
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Financiamento de carros melhora no fim do ano, mas tem queda de 13%
O financiamento de carros acumula uma redução de 13,3% dos recursos liberados neste ano até outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar da retração acentuada, a Anef, que reúne as empresas financeiras das montadoras, reviu para cima sua projeção para este ano: em agosto, esperava uma diminuição de 15% e, agora, projeta a queda em 13%.
"Houve um ajuste nos últimos meses, por conta do financiamento de veículos mais caros, mas seguimos sem perspectiva de retomada", afirma o presidente da associação, Gilson Carvalho.
Em dezembro, o setor espera uma leve melhora por conta do 13º salário, que sazonalmente impulsiona as vendas.
A taxa de carros comprados à vista, porém, chegou, a seu maior patamar em setembro: 44%; o financiamento respondeu por 50% do total.
"Até por conta disso que a inadimplência não aumentou tanto nos últimos meses", destaca o executivo. Em doze meses, a porcentagem de atrasos acima dos 90 dias cresceu 0,4 pontos percentuais entre pessoas físicas.
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Agora que eu cresci
De todos as aplicações, a Bolsa é a que deve ter maior índice de crescimento nas carteiras dos fundos de pensão no ano que vem: 27% devem comprar mais ações, segundo a consultoria Mercer.
"É o oposto do que se verificou na pesquisa no ano passado, quando 25% disseram que iriam reduzir renda variável", diz Lucas Schmidt, consultor da empresa, que ouviu 111 gestores.
As ações efetivamente perderam importância na carteira desses fundos ao longo deste ano: eram 7,3% do patrimônio em setembro de 2015, e hoje são 5,1%.
O desempenho dos portfólios na Bolsa foi aquém do Ibovespa. "Eles não captaram as altas de papéis de energia e da Petrobras", diz.
A maior parte dos ativos é formada por renda fixa: 93,6%. Representantes dos fundos pesquisados, no entanto, afirmaram que não devem aumentar ainda mais a alocação nesse investimento.
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Sexta... A venda de LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) cresceu 505% na semana da Black Friday feita pelo Santander, em comparação com a média do mês anterior. A comercialização de CDBs subiu 170%.
...estendida No Banco do Brasil, a contratação de seguros residenciais cresceu 109% em relação à média anual de venda do produto. O valor médio dos prêmios foi 24% maior.
Com o... De todas as reservas de viagens feitas pela web, 17% são feitas por smartphones ou tablets, aponta a Criteo. Na média geral do mundo, essa porcentagem é de um terço, segundo a empresa.
...dedo Quando a estadia é de uma noite, 72% usam o aparelho. Reservas para o dia seguinte também acontecem com mais frequência por dispositivos móveis: 54%.
Boca Raton A Dell Anno, empresa de móveis planejados, investiu US$ 600 mil (cerca de R$ 2 milhões) em sua primeira revenda nos Estados Unidos, em Miami. No ponto, haverá atendimento em inglês, português e espanhol.
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Hora do Café
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI