Folha de S. Paulo


Segmento de bombas e torneiras é o único da construção a produzir mais

As fabricantes de motores, bombas e peças para torneiras foram as únicas da linha de materiais de construção que produziram mais no início deste ano, de acordo com a Abramat (entidade do setor).

No acumulado dos últimos 12 meses, até janeiro, a variação foi de 1,4% –no mesmo período, a fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada caiu 23%.

Apesar do menor número de obras de infraestrutura e queda nos lançamentos imobiliários, segmentos ligados a reformas já percebem uma procura mais expressiva, diz Walter Cover, da Abramat.

MÃOS À OBRA - Produção de materiais de construção, em %*

"Há também uma demanda crescente nos últimos meses pela substituição de equipamentos mais antigos por outros que economizem água e energia elétrica, como resultado de um 2015 de escassez de chuvas."

A comparação do início deste ano com o começo do ano passado mostra queda acentuada na maioria dos segmentos, pois tudo passou a piorar em 2015, principalmente a partir de abril, avalia Cover.

"O que imaginamos é que as vendas e o faturamento do comecem a melhorar a partir do segundo semestre."

O setor se beneficia da perspectiva de exportar mais e substituir importações. "O empresário não vê razões para comprar da China se consegue um bom preço aqui."

Por enquanto, a queda na maioria dos segmentos se reflete no emprego. Em março, a retração foi de 9,3% em relação a 2015. Comparada a fevereiro, a perda foi de 0,2%.

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CONEXÃO ESTRANGEIRA

As reformas da casa, que haviam sido adiadas no ano passado, ajudam a movimentar as vendas da Tigre.

"Em ferramentas para pintura, crescemos 11% no primeiro trimestre deste ano", diz Otto von Sothen, presidente do grupo, que atua sobretudo na fabricação de tubos e conexões.

Eduardo Knapp - 13.fev.2015/Folhapress
Sao Paulo, SP, BRASIL, 13-02-2015 15h41:Coluna Mercado Aberto. Retrato de Otto Von Sothen, presidente da Tigre, em escritorio na av Brig Faria Lima (Foto Eduardo Knapp/Folhapress.MERCADO) ORG XMIT: AGEN1502131816208654
Otto von Sothen, presidente da empresa

Enquanto o mercado brasileiro reage pouco, a empresa tem colhido frutos com as operações na América do Sul e nos Estados Unidos.

"Os países limítrofes –como Bolívia, Paraguai e Argentina– começam, porém, a sentir a crise brasileira, e a performance é mais lenta. A Colômbia é nossa estrela, crescemos 40% lá em 2015."

22 FÁBRICAS
tem o grupo, sendo 13 no exterior e nove no Brasil

7.000
é o número de funcionários

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PEGUE E PAGUE

Os supermercados de São Paulo demitiram em fevereiro, um mês em que tradicionalmente há aumento de contratações. Os dados são da Apas, a associação do setor.

A diminuição da mão de obra foi de 0,65% em relação ao mês anterior. É a primeira vez que há duas quedas consecutivas desde o início da série, em 2010.

QUEDAS SEGUIDAS - Emprego no setor supermercadista (em mil)

"É uma mudança de comportamento. Em todos os anos, o setor demite em janeiro, mas geralmente havia recomposição no mês seguinte", afirma Rodrigo Mariano, economista da entidade.

A tendência acontece no varejo supermercadista inteiro, e não é consequência do fechamento de uma marca.

O número de trabalhadores é de 511 mil. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, há incremento de 0,22%. É a quantidade mais baixa desde julho de 2015.

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LIGAÇÃO ACELERADA

A Trocafone (start-up de compra e venda de celulares e tablets usados) planeja entrar na Colômbia, no Peru e no Chile no início de 2017.

A empresa recebeu uma terceira rodada de investimento no valor de R$ 20 milhões pelo Sallfort, fundo de investimento suíço.

Criada por dois argentinos, que decidiram abrir o negócio primeiro no Brasil por causa do potencial do mercado local, a Trocafone faturou R$ 40 milhões em 2015. Para 2016, a expectativa é chegar a R$ 240 milhões.

Karime Xavier - 30.mar.2016/Folhapress
SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -30/03/2016 -12 :00h - Retrato Guille Freire, CEO da Trocafone - ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***MERCADO ABERTO
Guille Freire, presidente da empresa de troca de celulares e tablets

Guille Freire, sócio-fundador e presidente da Trocafone, afirma pretender utilizar o aporte para consolidar a empresa no Brasil e acelerar a operação argentina.

No ano passado, foram trocados cerca de 50 mil aparelhos e para este ano a estimativa é de 150 mil.

"Fizemos parcerias com varejistas, fabricantes e operadores. As vendas no varejo caem muito. Revendemos o aparelho por quase a metade de um novo."

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Pacote...
A Yasuda Marítima vai lançar um seguro de vida para mulheres que inclui, além das coberturas regulares, serviços pouco usuais.

...mulher
Entre eles, haverá assistência nutricional e para atividades físicas, segunda opinião médica e amparo em caso de assalto ou agressão.

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HORA DO CAFÉ

Editoria de Arte/Folhapress
Charge Mercado Aberto de 13.abr.2016

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA


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