Folha de S. Paulo


Shell terá rede de lojas de serviços automotivos

A Shell vai trazer para o Brasil a rede americana Jiffy Lube, especializada em lubrificantes, troca de óleo e serviços automotivos.

O grupo anglo-holandês planeja abrir no país aproximadamente 200 lojas em três anos, por meio de franquias, mas não revela os investimentos iniciais no projeto.

A companhia tem cerca de 2.000 pontos nos Estados Unidos e no Canadá com a mesma bandeira. São unidades que atuam de forma independente dos postos de combustíveis, com endereços próprios, sobretudo em áreas urbanas.

Ricardo Borges/Folhapress
Guilherme Perdigão, vice-presidente de lubrificantes da empresa na América Latina
Guilherme Perdigão, vice-presidente de lubrificantes da empresa na América Latina

A entrada no país ocorrerá por meio de três operações na cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

"Vamos trabalhar com essas lojas até junho, em uma espécie de projeto-piloto, para fazer as adaptações necessárias do modelo ao mercado brasileiro", afirma Guilherme Perdigão, vice-presidente de lubrificantes para a América Latina da Shell.

A cidade paulista foi escolhida para o início das operações por causa de características como o volume de veículos em circulação e o nível de consumo da população.

Tendo como principal atividade a troca de óleo, a rede servirá como um novo canal para os lubrificantes do portfólio da multinacional. "É uma forma de agregar serviços aos nossos produtos."

O Brasil é o quinto maior mercado de lubrificantes para a companhia, atrás de Estados Unidos, China, Alemanha e Índia. O grupo tem uma fábrica no Rio de Janeiro.

*

Empresas de lubrificantes projetam ano sem crescimento

Com a queda na venda de veículos novos e baixas em vários segmentos da indústria, o mercado de lubrificantes também não deverá crescer neste ano, de acordo com companhias da área.

"Acreditamos que, no melhor dos cenários, o volume se manterá estável em relação a 2014", afirma Guilherme Perdigão, vice-presidente de lubrificantes da Shell para a América Latina.

No ano passado, as vendas caíram 2,3%, segundo uma prévia divulgada pelo Sindicom (sindicato das distribuidoras). Foi o primeiro recuo desde a crise de 2009.

Editoria de Arte/Folhapress

"Não é apenas a queda do segmento automobilístico [que causa reflexos]. A área industrial como um todo não vem crescendo", diz Ricardo Mussa, diretor-presidente da Cosan Lubrificantes, que produz a marca Mobil.

O único "alento" para o setor neste ano, na avaliação do executivo, é que a linha de produtos de alto padrão, formada principalmente por lubrificantes sintéticos, deverá manter a curva de alta.

"Mesmo com a redução na venda de carros, a frota nacional passa por uma renovação, o que aumenta a demanda por produtos de maior qualidade", diz Mussa.

"O mercado 'premium' continuará aquecido", complementa Perdigão, da Shell.

*

Sorriso de orelha a orelha

A rede paulistana Sorridents, de clínicas odontológicas, vai ampliar sua presença no restante do país.

Estão previstas 25 novas unidades até o final do ano. Hoje, são 163 consultórios em operação em 14 Estados.

"Somos mais conhecidos apenas em São Paulo. Queremos expandir essa cobertura para outras regiões, pois ainda há muita demanda de serviços acessíveis", afirma Carla Renata Sarni, presidente da rede.

Karime Xavier - 28.jul.2011/Folhapress
Carla Renata Sarni, presidente da rede de consultórios
Carla Renata Sarni, presidente da rede de consultórios

O aporte necessário para abrir uma franquia varia entre R$ 350 mil e R$ 500 mil. As unidades têm em média 200 m² de área construída e comportam de quatro a oito consultórios.

"Cerca de 80% dos nossos franqueados são dentistas, mas também há investidores de outras áreas."

Como parte do projeto de expansão da marca, a Sorridents fechou uma parceria como o banco Sorocred para fornecer cartões de crédito da bandeira Cielo.

"Muitos pacientes fazem o tratamento em fases porque não têm limite disponível no cartão de crédito", diz a executiva.

O plástico levará o nome da rede, mas poderá ser usado também fora da clínica.

R$ 188 milhões foi o faturamento da empresa no ano passado

14 são os Estados em que a rede está presente

163 são as unidades em operação, sendo 131 no Estado de São Paulo, 7 no Rio de Janeiro e 5 no Espírito Santo

2 milhões é o número de pacientes atendidos pela rede; a meta é dobrar até 2018

*

Cobertura acidental

O valor das indenizações pagas pelo DPVAT (seguro de trânsito obrigatório) aumentou 21% em 2014 na comparação com o ano anterior, segundo a Líder, que administra o seguro no país.

No ano passado, foram pagos R$ 3,8 bilhões de 763.365 indenizações. Em 2013, o valor desembolsado havia sido de R$ 3,2 bilhões, com 633.835 benefícios.

São três as linhas de cobertura para casos de acidentes de trânsito: morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas.

Editoria de arte/Folhapress

Entre elas, a de invalidez permanente representou 78,20% do total pago em 2014, com 595.693 indenizações –alta de 34% em relação ao ano anterior.

"Os casos de invalidez referem-se aos acidentes com motocicletas, que foram responsáveis por 76% de todo o seguro pago no país em 2014", afirma Ricardo Xavier, presidente da seguradora.

O Nordeste concentrou 34% das indenizações concedidas por invalidez no ano passado, seguido por Sudeste (27%), Sul (18%), Norte (11%) e Centro-Oeste (10%).

Dos acidentes com morte, 38% ocorreram no Sudeste, com maior presença de carros e caminhões (51%).

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


Endereço da página: