Folha de S. Paulo


Grupos investem em novos shopping centers no Paraná

A fabricante de alimentos Parati e o grupo DMF (dono do shopping Jardim das Américas, de Curitiba) fecharam uma parceria para construir dois empreendimentos no interior do Paraná.

Juntos, os novos shoppings receberão aproximadamente R$ 140 milhões -parte do capital será financiada.

Os estudos para desenvolver os projetos começaram há três anos, antes da desaceleração do varejo.

"Sabemos que agora é um momento de cautela, mas, hoje, nosso grau de endividamento é zero", diz Dirceu Pastre, sócio da DMF.

"As cidades [onde os shoppings serão construídos] foram bem receptivas. Então, achamos que os investimentos não são de risco."

Editoria de Arte/Folhapress

O maior dos empreendimentos, com 200 lojas e 25 mil metros quadrados de área bruta locável, será instalado em Paranaguá e atenderá todo o litoral paranaense. Cerca de R$ 80 milhões serão injetados nesse projeto.

O restante do aporte será destinado ao shopping de Araucária (na região metropolitana de Curitiba), que terá 17 mil metros quadrados de área locável e 160 lojas.

"Os dois terão um espaço ao lado onde poderão ser expandidos no futuro. Haverá a possibilidade de quase duplicar o tamanho deles ou de erguer um hotel ou um edifício corporativo no local", acrescenta Pastre.

O grupo Parati fabrica cerca de 100 mil toneladas de alimentos por ano, principalmente biscoitos e massas, e emprega 3.500 pessoas.

*

Compra aprovada

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta semana, sem restrições, a aquisição do grupo de turismo Duotur pela CVC.

A decisão vale a partir do momento em que for publicada no "Diário Oficial da União", o que não havia ocorrido até esta quinta (5).

O negócio, fechado em dezembro do ano passado, custou R$ 228 milhões para a CVC, que passou a deter 51% de participação na Duotur.

A companhia adquirida tem forte atuação no segmento de turismo corporativo e engloba as empresas Advance, Rextur e Reserva Fácil Tecnologia.

Raquel Costa - 11.jun.2014/Folhapress
Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC
Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC

No ano passado, a CVC registrou alta de 14,2% no número de reservas embarcadas. Só no último trimestre do ano, o incremento chegou a 20,9%.

"Colocamos todos os tipos de produtos nas prateleiras. Com isso, acabamos captando [consumidores de diferentes perfis e rendas]", diz o presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco.

A desaceleração econômica do país e a alta do dólar não têm afetado as vendas da companhia, de acordo com o executivo.

Isso porque, apesar das variações na cotação, os preços de passagens e hotéis também mudam.

"Quando você analisa todas as variáveis juntas, percebe que o valor das parcelas [dos pacotes de viagens] não varia muito."

Em janeiro, as vendas da empresa avançaram 12,7% e as reservas embarcadas subiram 25,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o melhor janeiro já registrado.

*

Consumo de gás natural cresce 16,3% em 2014, diz entidade

O consumo de gás natural subiu 16,3% em 2014, em relação ao ano anterior, segundo balanço da Abegás (que representa as distribuidoras de gás canalizado).

O segmento de geração de energia foi o maior responsável pelo aumento: utilizou 27% a mais que em 2013. Foram 28,5 milhões de m³ diários aplicados para esse fim.

É o terceiro ano consecutivo de crescimento, puxado pelo funcionamento das usinas térmicas em decorrência do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Editoria de Arte/Folhapress

A cogeração de gás natural, opção mais eficiente e com menor custo, de acordo com a entidade, cresceu 4,2% no acumulado do ano. Ela respondeu pelo uso de 33,4 milhões de m³ ao dia em 2014.

Quando considerado o desempenho de dezembro de 2014, na comparação com o mês anterior, o setor teve uma evolução de 17,3%.

O uso do gás pela indústria –segundo maior, depois do destinado à geração de energia– cresceu 1,1% no ano, mas retraiu 7% em dezembro ante o mês anterior.

*

Expansão resistente

Mesmo com a desaceleração do varejo, a rede Fran's Café planeja aumentar seu ritmo de expansão neste ano.

Estão previstas 25 novas unidades em todo o país, três a mais que no ano passado. Hoje, são 150 pontos em funcionamento em 16 Estados.

As inaugurações ocorrerão em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Palmas, Foz do Iguaçu e Maceió.

"Todos temiam que 2014 fosse um ano ruim para o setor, mas não sentimos muito impacto. Ainda há grande potencial de consumo, especialmente na região Nordeste", diz José Henrique Ramos, sócio-diretor da empresa.

Editoria de Arte/Folhapress

A rede pretende ampliar sua presença em aeroportos, com foco na categoria de franquias "lounge", especializada em servir bebidas alcoólicas e petiscos.

A próxima abertura ocorrerá no aeroporto de Maceió, em até 40 dias.

Ao menos 30 franqueados da marca atuam hoje com mais de uma operação, segundo Ramos.

"Das unidades previstas para 2015, entretanto, a maioria será aberta por novos investidores."

Cada loja tem entre 100 m² e 120 m² de área.

*

Retomada americana

O índice de confiança do consumidor americano em relação à economia atingiu 54,7 pontos em fevereiro, o maior nível dos últimos doze meses, segundo pesquisa da consultoria Ipsos.

Em relação a janeiro, o indicador aumentou 1,5 ponto, em uma escala que varia de 0 a 100 (quanto mais alto, maior é o otimismo).

Para 42% dos 1.002 americanos entrevistados, a política econômica do país está no caminho certo. É o maior percentual em 18 meses.

Quase 40% dos consultados também acreditam que as finanças pessoais irão melhorar nos próximos seis meses. Entre os consumidores de 18 a 34 anos, essa expectativa é de 55%.

*

Ligação... A Nextel vai ampliar neste mês a sua cobertura internacional, com expansão do serviço de roaming para 15 países de América, Europa e Ásia. Há a previsão de entrada em mais três em março.

...internacional Entre os novos países que serão atendidos, estão Alemanha, Espanha, Argentina, Paraguai, Uruguai, Canadá e Japão. Hoje, a cobertura inclui Estados Unidos, Chile, México e Peru.

Norma... A Abimci, que representa os fabricantes de madeira processada, vai propor ao governo um anexo à norma regulamentadora nº 12 (NR-12), que determina regras para o uso de equipamentos.

...em debate A entidade diz que os industriais estão com dificuldades para adotar as medidas por causa do custo de adaptação e porque as regras não levam em conta as peculiaridades de cada setor.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


Endereço da página: